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“Maybe you know that it’s been too long / Going through the motions as you sing your song / Doesn’t matter who you are or what you’ve done / Still got to wake up and be someone”.
É assim que Angel Olsen, logo no primeiro segundo de Intern, mostra ao que vem no seu terceiro disco de originais, My Woman. Uma Angel Olsen que fez das fraquezas forças e que, em 2016, se mostra mais revigorada que nunca.
Como o próprio nome parece querer indicar, este álbum encerra em si mesmo um sentimento feminista. Tal como a nova corrente feminista em 2016, My Woman não é minimamente político nem reivindicador, mas antes comunitário, eclético e cheio de autoconfiança. Autoconfiança que transparece tanto liricamente (“Shut Up Kiss Me”) como na forma como Olsen usa a sua voz (“Heart Shaped Face”, “Those Were The Days”). O caminho trilhado aqui é menos opressivo e muito mais luminoso, quase esperançoso, como na canção-pop-perfeita “Never Be Mine”.
Deixando de parte a produção lo-fi do antecessor, Burn Your Fire For No Witness, Angel Olsen apresenta aqui um conjunto de temas muito mais polidos e até enriquecidos por sintetizadores. É em temas como “Sister” ou “Woman” que se abre espaço para a dinâmica de banda como não reconhecíamos nas anteriores composições da cantora natural de Chicago.
My Woman pode não ser tão imediato nem ter o charme irresistível da depressão que tinha Burn Your Fire For No Witness, mas é um disco mais maduro e coeso, provavelmente o melhor da cantautora.