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O Porto/Post/Doc, grande festival de cinema do real, está de regresso ao Teatro Rivoli e ao Passos Manuel de 27 de Novembro a 3 de Dezembro. O Arte-Factos comparece anualmente ao ponto de encontro entre mais de 12 mil espectadores – cineastas, estudantes, curiosos, júniores e séniores – e este ano, claro está, não podíamos faltar.
Na edição deste ano estão em agenda várias estreias e antestreias, sendo o mais aguardado The Beguiled, filme de Sofia Coppola, com Nicole Kidman, Kirsten Dunst e Colin Farrell como protagonistas.
Como habitual, a programação é diversificada: cinema, clássicos, antestreias, festas, workshops e concertos. Destacamos sete marcos a não perder na edição de 2017.
O cinema em competição divide-se em duas categorias: Internacional e Cinema Novo.
A primeira é o centro do festival com 12 longas-metragens em exibição, que prometem revelar o mundo actual, desafiar as novas convicções e abrir novas perspectivas de geografias tão distantes como o Brasil, China, Estados Unidos ou Líbano.
Na competição Cinema Novo, encontramos 9 filmes de universidades, politécnicos ou estudantes portugueses no estrangeiro, fitas de ficção e documentais com a duração máxima de 30 minutos.
O registo documental sobre música e movimentos culturais trazem sempre uma componente visual que engrandece a sua significância. Nesta edição do Porto/Post/Doc destacam-se B-Movie: Lust & Sound in West-Berlin 1979-1989, em que a cidade ferida pela Guerra Fria é palco de aventuras de um jovem londrino; a websérie I Love My Label, em que o jornalista Rui Portulez traçou o perfil à edição musical independente em Portugal numa abordagem refrescante; em Grace Jones: Bloodlight And Bami a icónica figura andrógina é revelada num documentário filmado ao longo de dez anos; e Não Consegues Criar O Mundo Duas Vezes, retrato do hip hop nortenho, particularmente o que surge entre Porto e Gaia.
Sundays & Cybele, lendária banda japonesa de rock-psicadélico, Alex Zhang Hungtai, outrora conhecido como Dirty Beaches, e Tomaga, são cabeças de cartaz neste festival. E também há festas e dj set muito especiais para descobrir durante os dias de Porto/Post/Doc.
O investimento na produção nacional tem resultado em amplo reconhecimento nos festivais internacionais. Com o objectivo de aproximar o público à nova geração cinematográfica, o festival seleccionou títulos como Era Uma Vez Brasília, a viagem sensorial ao vulcão dos Capelinhos em Adormecido, e Quem é Bárbara Virgínia?, uma mulher que desafiou convenções e se tornou a primeira cineasta portuguesa a realizar uma longa metragem.
A proximidade geográfica e cultural ibérica coloca ao nosso alcance grande cinema. Os festivais Play-Doc de Tui, Curtocircuito em Santiago de Compostela, Novos Cinemas de Pontevedra, SACO em Oviedo, e Filmadrid da capital, selecionaram 7 filmes espanhóis de entre os quais se destaca El Desencanto, de 1976: um retrato de uma família de luto num país finalmente livre do regime franquista, carregado de linguagem metafórica.
A propósito do 100º aniversário do nascimento do cineasta francês, com fortes ligações à cidade do Porto através da sua amizade com Manoel de Oliveira, com quem realizou En Une Poignée De Mains Amie em 1997, serão exibidos seis filmes seus. Destaco Chronique D’un Été de 1961, registo cinematográfico de uma França envolvida num conflito bélico e central para os estudiosos das transformações sociais.
Conhecido pelo seu trabalho com comunidades marginais, o festival apresenta dois filmes do realizador checo, ambos sobre crianças cegas. Em The Unseen oferece-lhes máquinas fotográficas e regista os resultados, em Hansa I am, retrata a sua relação com a música.
A programação completa está já disponível e em actualização em portopostdoc.com.
Os bilhetes valem 5eur, com descontos para estudantes e maiores de 65 anos.
Há ainda free pass a 50eur para os cinéfilos mais ambiciosos.