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No inglês não soou tão desinteressado, ainda assim, quando Steve Ellison está prestes a terminar o seu concerto o seu “Some news beats and shit” resumiu, mais ou menos, o sentimento prevalecente no público.
Ao vivo, Flying Lotus é exactamente o que seria de esperar. Soa ao álbum, mas num volume que nos poria a PSP à porta e com os graves ultra saturados.
Há zero problemas nesta abordagem. Os festivais às vezes são festivais, outra vezes são mais como a nossa casa. Mas com amigos. Com amigos que às vezes não estão para aí virados e decidem passar pelas brasas. Apesar do frio. Apesar do frio e apesar de ESTAREM NUM FESTIVAL!
O concerto foi perfeitamente bom. O espetáculo de luzes e de projecção foi a joia da coroa dum espetáculo que terá agradado aos fãs e não terá deixado os mais incautos avessos. O NOS Primavera Sound parece atrair o público que saberia apreciar as incursões pelas obras de culto sobre as quais Steve Ellison se debruça. “Isto não é Twin Peaks?”, ouvia-se perguntar.
Infelizmente, não há momentos particularmente citáveis. Apresentou-se com modéstia à hora certa e revelou aos que ainda não sabiam que fez um filme, aproveitando a deixa de “Kuso Theme”.
Nós mal podemos esperar para o ver. Em casa, onde não faz tanto frio.
Quando termina o set, o californiano despede-se com pouco aparato. Há Justice a começar em breve no palco maior e dá-se por terminada a sequência de concertos contemplativos.