Reportagem


Venom

Um ritual necessário

VOA

05/08/2017


Ao segundo dia cumpriu-se o verdadeiro ritual metaleiro. A atracção principal da noite, os veteranos Venom, deu-nos uma lição de música e dedicação transversal a gerações.

A banda de Cronos (Conrad Lant), La Rage (Stuart Dixon) e Dante (Danny Needham) subiu ao palco pouco passava das 21h e tinham para os receber praticamente todo o público do festival, que acorreu de imediato ao Palco Principal.

Com um pano de fundo a rigor, espelhando o artwork do álbum Black Metal de 1982, o trio apresenta-se. Com “Smoke”, do álbum From The Very Depths, de 2015, a banda encaminhou-nos a um inferno groovy que se iria traduzir em largos momentos de headbangs junto do público.

Este, já imparável, divide-se entre esses movimentos e rápidos circle pits. O pó levanta-se em fúria tal é a agressividade com que se exaltam os demónios. “Antichrist” faz as delícias e com “Countess Bathory” cantamos bem alto. Todo o concerto se faz com muito sangue na guelra. Cronos vai comunicando connosco pontualmente e intercalando a música com breves apontamentos ao público. Não há um único momento morto e todo o alinhamento vai de encontro ao que se quer, não deixando esmorecer. Os clássicos estão presentes e de “Pedal to the Metal” a “Don’t Burn The Witch” passamos por “One Thousand Days in Sodom” ou “To Hell and Back”.

O momento da noite estaria em “Black Metal”, uma das faixas que compõe o álbum com o mesmo nome e que foi deixada bem para o final, já na altura do encore. O circle pit esteve no seu auge e toda a energia e retribuição foram dadas de volta a esta banda. No final, ficamos com a certeza de que estivemos presentes num dos melhores concertos de sempre no VOA Fest.

Galeria


(Fotos por Paulo Tavares)

sobre o autor

Andreia Vieira da Silva

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