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Depois da performance de Justin Timberlake e a ovação de pé para Meryl Streep durante o discurso de abertura, foram pela 89ª vez entregues os prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, numa cerimónia que, ao contrário do esperado, não aqueceu o Dolby Theatre com tomadas de posição inflamadas ou discursos políticos – excepção feita às piadas anti-Trump de Jimmy Kimmel e ao comunicado lido a pedido de Asghar Farhadi, realizador do filme vencedor do Óscar para Melhor Filme Estrangeiro (Forushande/ The Salesman), que não compareceu à cerimónia em sinal de protesto contra a lei instalada por Trump que proibiu a entrada de cidadãos muçulmanos nos Estados Unidos: “I hereby express my condemnation of the unjust conditions forced upon some of my compatriots and the citizens of the other six countries trying to legally enter the United States of America and hope that the current situation will not give rise to further divide between nations.”
A presidente da Academia Cheryl Boone Isaacs lembrou também que a arte não tem língua nem fronteiras – essa é a magia do cinema. A diversidade ficou patente não apenas na quantidade de apresentadores estrangeiro, mas também na atribuição de dois Óscares de interpretação a afro-americanos, Mahershala Ali e Viola Davis, silenciando a polémica da ausência de nomeados negros que assombrou a cerimónia do ano passado. A vencedora do Óscar de Melhor Actriz Secundária entregou um dos discursos mais emocionados da noite, onde enalteceu a arte da representação como a melhor profissão do mundo pela possibilidade de encarnar as pessoas comuns que o cinema celebra. O momento In memoriam, apresentado por Jennifer Aniston, foi igualmente emotivo, tendo a actriz feito menção no seu discurso ao recente desaparecimento de Bill Paxton (o actor faleceu ontem e não foi por isso incluído no vídeo). A homenagem terminou com a imagem e voz de Carrie Fisher, entoando o eterno lema “May the Force by with you”.
Vinte anos depois de Good Will Hunting, Ben Affleck e Matt Damon voltaram a animar juntos o palco do Dolby Theatre para apresentar o Óscar para Melhor Argumento Original, arrebatado por Kenneth Lonnergan (Manchester By The Sea). Amy Adams – uma ausência inexplicável das nomeações apesar do seu desempenho em Arrival – apresentou o Óscar para Melhor Argumento Adaptado, vencido por Barry Jenkins e Tarell Alvin McCraney, por Moonlight.
Apesar de perdido oito dos Óscares para que estava nomeado, o grande vencedor da noite foi La La Land. Damien Chazelle venceu ainda na categoria de Melhor Realizador, tornando-se, aos 32 anos, no cineasta mais jovem a receber este prémio. Já o Óscar de Emma Stone, vencedora numa categoria onde estavam nomeadas Meryl Streep e Isabelle Hupert, foi uma das grandes surpresas da noite.
Mas a maior de todas foi o engano de Warren Beatty na atribuição do Óscar de Melhor Filme. Com os produtores de La La Land já a meio do discurso de agradecimento, aperceberam-se que o envelope que continha o vencedor realmente dizia… Moonlight. Foi com este momento inusitado – e com a promessa da Jimmy Kimmel de nunca mais apresentar a cerimónia – que os Óscares este ano se despediram.
Segue abaixo a lista completa dos vencedores dos Óscares 2017:
Melhor filme – Moonlight
Melhor realizador – Damien Chazelle, por La La Land
Melhor actriz – Emma Stone, por La La Land
Melhor actriz secundária – Viola Davis, em Fences
Melhor actor – Casey Affleck, por Manchester By The Sea
Melhor actor secundário – Mahershala Ali, em Moonlight
Melhor filme estrangeiro – The Salesman (Irão)
Melhor argumento original – Kenneth Lonnergan, por Manchester By The Sea
Melhor argumento adaptado – Barry Jenkins e Tarell Alvin McCraney, por Moonlight
Melhor curta-metragem – Sing
Melhor filme de animação – Zootopia
Melhor curta-metragem de animação – Piper
Melhor documentário – O.J.: Made In America
Melhor curta-metragem documental – The White Helmets
Melhor Design de Produção – La La Land
Melhor Fotografia – La La Land
Melhor Guarda-Roupa – Fantastic Beasts and Where to Find Them
Melhor Montagem – Hacksaw Ridge
Melhor Caracterização – Suicide Squad
Melhor Banda-Sonora – Justin Hurwitz, por La La Land
Melhor Canção – City Of Stars (La La Land)
Melhor Edição de Som – Arrival
Melhor Mistura de Som – Hacksaw Ridge
Melhores Efeitos Visuais – The Jungle Book