MÚSICAS DA SEMANA

#224

com

Luís Severo

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Escolhas de Luís Severo

Bright Eyes - First Day Of My Life

Um grande escritor de canções, dos meus preferidos na adolescência e pré-adolescência. Começou muito novo e ainda está à procura do envelhecimento perfeito. Talvez não vá a tempo… Eu fico-lhe eternamente grato por ter inventado e persistido no emo folk, particularidade que sempre o fez tão estranho e incompreendido.

João Coração - Dobra

Entre 2007 e 2009, o João Coração escreveu muitas canções a que ainda volto quase uma década depois. Também por essa altura deu-me a honra de o acompanhar na estrada e em estúdio, ensinando-me muito do que hoje sei. A letra desta canção é fenomenal, das minhas preferidas em português.

Magnetic Fields - Papa Was a Rodeo

Demorei alguns anos a aceitar que os Magnetic Fields são uma das minhas bandas preferidas de sempre. A certeza com que fazem grandes canções, diversas na sonoridade e na narrativa, faz-me redescobrir cada disco a cada ano que passa. Escolhi esta canção por acaso, na verdade poderia ter escolhido outra qualquer.

Leonard Cohen - Tower Of Song

Às vezes lembro-me que o Leonard Cohen morreu e fico triste. Já não sei há quantos anos ele tem lugar cativo nos gigas do meu iPhone ou de outro dispositivo que tenha a uso. Sempre pensei “pois, um dia vai ter de acontecer… o senhor já não é novo”. A verdade é que foi uma perda inexplicavelmente dura e que ainda hoje custa a lidar.

Jonathan Richman - My Love is a Flower (Just Beginning to Bloom)

Tem fama de palhacito, mas esta canção é séria e fenomenal. O autor fala de si próprio na terceira pessoa do singular, como se do Jardel se tratasse. A letra vale por tudo e mais alguma coisa.

“Well, my love is a flower just beginning to bloom
Like those things from your garden that spring from the gloom.
My love is a flower just beginning to bloom…
Beginning to bloom, to bloom.

My love is a birdie who’s just learning to trill.
I must be patient with her now so i will.
My love is a flower just beginning to bloom…
Beginning to bloom, to bloom.

She’s still learning to love herself,
She’s still learning to let herself go,
And she’s still learning to trust herself,
And jonathan’s gotta be patient because i know
That my love is a flower just beginning to bloom”

Escolhas de Hugo Rodrigues

Radiohead – Paranoid Android

Tem sido recorrente ver as celebrações feitas ao vigésimo aniversário do OK Computer e, por isso, achei que já era altura de o revisitar. Como se fossem precisas muitas razões para isso.

Pulled Apart By Horses — Neighbourhood Witch

Finalmente está cá fora um dos discos que mais aguardava para este ano e a verdade é que não desapontou. Esta tem-se tornado uma das minhas preferidas.

Julien Baker – Good News

Algures durante esta semana que passou foi revelada a versão em piano desta música, para a compilação Our First 100 Days, e claro que está absurdamente bom.

The National - Slow Show

Dias de chuva pedem por mais The National.

dredg - Matroshka

Outros que surgem muitas vezes quando o sol começa a fugir.

Escolhas de Christopher Monteiro

Depeche Mode – Where's the Revolution

Isto das “Músicas da Semana” refere-se ao que mais foi ouvido a semana toda, muitas vezes? E que andou presa na cabeça todos os dias, praticamente inteiros? Se é, seria só esta aqui a preencher as cinco posições. Não dá, fica aqui privilegiada.

HIM – Solitary Man

A banda de eyeliner favorita de todo o macho mais macho. A banda de gaja que o namorado dela secretamente gosta ainda mais. O que seja, os tipos são um espectáculo. E não falta muito para se dizer que eram um espectáculo. Ainda se vai lidando com o fim dos HIM, fossem eles muito ou pouco activos. Vão deixar saudades e deixam já umas malhas que provam que há uma forma muito fixe de se ser meloso.

Bloody Hammers – Infinite Gaze to the Sun

Por falar em músicas presas na cabeça e isso tudo, sai este hino de um dos discos do ano passado de eleição pessoal. Não é preciso muito para o refrão tão envolvente saltar ao ouvido e ficar lá alojado. Isto deve ser do tipo de trevas mais alegres e coloridas.

Mammoth Weed Lizard Bastard – Testudo

E do doom metal mais alegre e psicadélico dos Bloody Hammers passo para uma coisa mais escurinha, forte e pesadona. Que não deixa de ter as suas fusões. Não os incluo aqui só por causa do nome porque até é meio parvo e parece feito nalgum “Random Stoner Metal Band Name Generator”. Está aqui pelo riffalhão e pela perfeita combinação improvável com a voz feminina dócil. Nome à parte, ainda se vai ouvir falar bem mais destes, não vai?

The Weeknd ft. Daft Punk – Starboy

Então e quê? Podia chamar este o especial das músicas presas na cabeça. E também não me importo nada com esta.


sobre o autor

Arte-Factos

A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)

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