Red Fang

Whales and Leeches
2013 | Relapse Records | Rock

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Whales and Leeches“, o novo disco dos Red Fang, abre com “DOEN”, um bom tema com bons riffs, que deixam o clima de agitação no ar. Nada de inovador, mas um bom mote para o disco. “Blood Like Cream” é provavelmente a faixa mais catchy do álbum. Não digo que seja a melhor, mas tem uma fórmula que se adequa ao que se quer para um single. Com um instrumental relativamente simplista e um refrão que nos cativa com o pulsante e repetido “Cut it up”, torna-se numa das músicas do álbum que mais facilmente relembramos.

“No Hope” partilha um pouco do mesmo sentimento da faixa anterior, com o verso “No hope no, no going home” várias vezes entoado, mas desta vez com uma atitude mais fria e agressiva. Segue-se “Crowns in Swine”, num registo muito mais complexo e matemático, dando mais ênfase ao aspecto instrumental do que à vocalização. “Behind the Light” aponta para um lado mais “happy” do stoner-rock, sem grandes surpresas.

“Dawn Rising” é completamente distinta do que nos tem vindo a ser apresentado. Tanto no corpo instrumental, muito denso, num registo mais grave e mais soturno, quanto na vocalização. O lado “sujo” de uns Melvins, com o lado fantasmagórico de uns Black Sabbath. Portanto, um dos pontos altos do álbum, mas que não resume o ambiente geral das faixas, parecendo que caiu ali de pára-quedas. No entanto, não destoa por completo e é uma lufada de ar fresco. “Failure” percorre o mesmo caminho contendo um ambiente mais misterioso e pesado.

As seguintes, “1516” e “This Animal” têm um passo mais acelerado e uma clara influência de Mastodon na fase inicial, que se revela não só nas vozes mais taberneiras, mas também em todo o instrumental caótico, “cheio” e propenso ao mosh-pit.

Whales and Leeches“, tem um tom muito mais amadurecido e coeso do que o anterior disco da banda, “Murder the Mountains“, ambos lançados pela Relapse Records. O álbum de 2011 tem um feeling mais desprendido, uma atitude mais punk-rock até, com um toque de grunge pelo meio, como na pérola “Throw Up” que faz lembrar um casamento perfeito entre Mastodon e Alice in Chains. Este de 2013, ainda não consegue a proeza de ser um álbum memorável por parte da banda. É um registo competente para o género que é, com uma evolução latente, não distinguindo a banda dentro do seu espectro, mas que serve para a cimentar na lista de “bandas de stoner a ouvir”.


sobre o autor

Andreia Vieira da Silva

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