PISTA

Com o primeiro álbum, Bamboleio, a ser lançado e apresentado ao público no passado dia 13 de Novembro, encontrámo-nos com os Pista no Musicbox antes do seu concerto, e trocámos algumas palavras com a banda acerca de como foi preparar este trabalho e do que ele é, assim como o que podemos esperar para o futuro.

Lançaram e apresentam hoje (13 de Novembro) o vosso primeiro longa-duração. Qual é o estado de espírito neste momento? Ansiosos?
Estamos contentes por finalmente chagarmos aqui. Ansiosos? Talvez um pouco, mas não muito. Acabámos de gravar em Fevereiro e hoje, a meio de Novembro, é que o lançamos, foi um processo longo e finalmente podemos mostrar o álbum a toda a gente, ficamos essencialmente muito contentes por isso.

O que nos podem dizer acerca deste álbum? Quais as novidades em relação ao EP?
Algumas músicas repetem-se, mas foram totalmente regravadas, desta vez com mais uma guitarra. O EP foi o reflexo do que éramos em Outubro de 2013, este álbum é o reflexo do que somos agora, ou melhor, do que éramos em Fevereiro deste ano que foi quando o gravámos.

Como foi o processo de gravação do álbum? Entre todas as etapas (composição, gravação, produção, etc.) qual foi a mais difícil?
Não foi de todo a composição, essa parte foi bastante simples, a parte mais difícil podemos dizer que talvez tenha sido, depois de termos investido todo o dinheiro do nosso próprio bolso, encontrar uma editora que pegasse em nós e no nosso trabalho.

Gravaram no Alentejo, mas pelo que se ouve não fez abrandar os bpm’s da vossa música. Em que medida as planícies e a calma alentejana influenciou o vosso trabalho?
Influenciou bastante. Eu (Cláudio) já tinha tido algum contacto com aquele ambiente porque os meus pais são de lá, mas sem dúvida que aquela calma e tranquilidade influenciou o resultado final. Não tínhamos ninguém a interromper e dizer que tínhamos de ir ao supermercado, etc.

(Ernesto) E a comida e bebida de lá também influenciaram bastante!

A que se deveu a distância de dois anos para o EP? Foi quando acharam que já podiam dar o passo seguinte?
Foi um processo natural e também não quisemos forçar as pessoas a ouvirem mais coisas nossas. Foi como deixar as nuvens do EP dissiparem.

©Joanica Cardoso

Começaram por ser um duo, mas há coisa de um ano transformaram-se num trio, estranhamente com mais uma guitarra e não um baixo. A segunda guitarra veio ajudar a “fazer a cama” das melodias tropicais? Não sentem a falta do baixo, mesmo mais de um ponto de vista de ajuda aos outros instrumentos, especialmente a bateria?
O Ernesto tocava guitarra, ele poderia ter ficado a tocar baixo, mas não o quisemos forçar a isso.

(Bruno) Pessoalmente não sinto a falta do baixo para me ajudar a tocar, as duas guitarras já servem.

Vemos o baixo como um instrumento que deve de ser usado realmente para fazer a diferença e não só para acompanhar ou ajudar os outros instrumentos e por isso até gravamos baixo na Queráute, porque sentimos que fazia sentido e seria importante nessa música. Não quisemos usar meramente por um aspecto técnico sonoro.

Para além das datas de apresentação marcadas em Lisboa e Porto têm já mais datas que possam confirmar?
Não, que possamos confirmar com certeza ainda não, mas antevêem-se muitas para 2016. Esta também é uma altura complicada do ano em que parece que tudo já está a fazer uma espécie de rescaldo.

Gostariam de se internacionalizar, como algumas bandas portuguesas já estão a fazer?
Sim, gostaríamos muito.

A longo prazo, onde se vêem a vocês e aos Pista daqui a cinco anos?
A lançar o quinto álbum. Ou melhor, o best of e a tocar no Wembley! (risos) De qualquer das formas não tencionamos “desmontar a Pista”.

Um best of, não acham que isso é o que as bandas fazem quando já não conseguem fazer os fãs gostar mais ou tanto de músicas novas como gostaram das anteriores?
Talvez, mas achamos que cada álbum e cada trabalho é o best of de uma determinada altura. O EP era o nosso best of na altura em que saiu e este álbum é o best of de Fevereiro passado.