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No passado dia 6 de Junho saiu no mercado um dos discos mais esperados do ano. Uma banda indie que a Blitz fez revelância na sua 60 edição. Falo obviamente dos Arctic Monkeys. Alex Turner e a sua banda regressam com Suck It and See, um nome um pouco cru e directo, mas simultaneamente, apelativo e curioso em conjunto com uma capa simples, sem muita cor. Mas o que é de se destacar é o interior do álbum. Quando os Arctic Monkeys apareceram com Humbug, um álbum maduro com rock destacado, os fãs ficaram um pouco receosos em relação à banda perder a sua identidade musical nos próximos trabalhos. Suck it and See retira todo esse receio. Esperava-se a continuação da maturidade mas o quarto álbum retoma à vivacidade e a alegria dos primeiros trabalhos da banda. As canções têm letras de fácil assimilação, marcantes, com boas pontuações do baixista Nick O´Malley e uma vibração um tanto humorística e divertida.
O disco começa com “ She´s Thunderstorms” e, ao longo do álbum, tem “ All My Own Stunts” e “ Reckless Serenade”, músicas com riffs bem pontuados dando relevo a notas com a acentuação de uma certa morbidez agradável . Seguidamente temos “Black Treacle” com a guitarra de Josh Homme no efeito rítmico contínuo, em junção com os solos dispersos de Jamie Cook. “ Brick By Brick” vem a seguir com uma sonoridade tranquilizante, com a voz do baterista, Matt Helders que escreveu a música em conjunto com Alex Turner. “ The Hellcat Spangled Shalalala” e “ Don’t Sit Down Cause I Move You Chair” representam exactamente o espírito humorístico e jovial que os Arctic Monkeys queriam neste álbum. A letra é uma brincadeira tendo até “shalalalas” e a composição sonora é descontraída e despreocupada. Seguidamente temos “ Library Pictures” , uma música mais trabalhada que as últimas duas referidas. Nota-se que existe engenho no som das cordas, tanto nas guitarras como no baixo. Uma das músicas que também faz parte do álbum é “ Piledriver Waltz”. A música faz parte da banda sonora do filme indie ,“ Submarine” e foi Alex Turner que a escreveu de propósito para a longa-metragem. Nesta música dá-se sobretudo ostentação à voz de Alex Turner, enquanto os instrumentos tocam numa balada assídua. “ That´s Where You´re Wrong” é o último tema do álbum e é uma das músicas que tem algo de novo e interessante. Existe uma maior depauperação na busca de novos efeitos, a meu ver.
Resumidamente e não chegando a descrever todas as músicas, os Arctic Monkeys trouxeram-nos com Suck It and See, um disco interessante do começo ao fim. Fazendo um pequeno regresso às origens, as músicas são presenteadas com o mesmo estilo com que a banda começou, sendo acrescentado um toque mais alegre.
O único problema a levantar é que com uma certa repetição dos mesmos esquemas, não será que a banda corre o risco de cair na monotonia do seu próprio estilo? O que é certo é que este álbum tem dividido os críticos e os fãs. Uns adoram e outros acham que é mais do mesmo. O que é certo é que a banda não deixa de ter milhares de fãs e que o dia 14 de Julho está quase esgotado.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)