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Com o Alive à porta e já com a confirmação de que os Foo Fighters vão fechar o palco principal no segundo dia do evento, vale a pena olhar para o mais recente trabalho da banda de Dave Grohl – Wasting Light. O álbum de Abril de 2011, produzido por Butch Vig, é, segundo o próprio Dave Grohl, o mais pesado dos trabalhos da banda, sem lugar para baladas. A banda contou também com colaborações de alguns músicos, como é o caso de Krist Novoselic, antigo baixista dos Nirvana. É este o trabalho que os Foo Fighters vêm apresentar a Portugal já no próximo dia 7 de Julho.
O álbum abre com uma música que se vai construindo nos primeiros segundos, culminando num riff poderoso com uma batida forte na bateria a acompanhar, em Bridge Burning. É o assumir do compromisso de tornar este álbum realmente o mais pesado da banda. A nível vocal Dave Grohl mantém a aposta neste estilo e o resultado não poderia ser melhor, é uma excelente forma de abrir o álbum. Segue-se o primeiro single retirado de Wasting Light – Rope. Mais uma vez, nos primeiros segundos vai-se montando as bases da música, que arranca pouco depois. No entanto, ao contrário da faixa anterior, aqui é preciso chegar ao refrão para que a música se torne um pouco mais pesada. Há um bom contraste entre segmentos mais calmos da música e fases mais pesadas e deve-se dar destaque a um breve solo acima do satisfatório. Foi sem dúvida uma boa aposta para primeiro single.
Um pouco mais calma e melódica é Dear Rosemary, guardando mais uma vez os riffs mais fortes para os refrões. Além da guitarra, vale a pena salientar o bom trabalho de Taylor Hawkins na bateria. A música funciona muito bem. White Limo abre disposta a compensar as fases mais paradas da música anterior, assumindo-se como a mais dura e crua faixa do álbum. Acaba por ser um pouco estranho dentro do habitual em Foo Fighters e peca exactamente por isso. Segue-se Arlandria que retoma aquilo que o álbum é no geral. Sem se poder dizer que é uma música fraca, algumas passagens, especialmente a nível vocal, parecem pretender ser demasiado comerciais.
Quem poderia pensar que These Days significaria o quebrar da palavra de Dave Grohl, pode descansar. Apesar de por algum tempo parecer uma música calma e sempre no mesmo tom, essa ideia desaparece com o progredir da mesma. É o mais parecido a uma balada que se encontra em Wasting Light. Back & Forth é uma música bem ao estilo de Foo Fighters, com um ritmo bastante agradável a nível de bateria e guitarra ao longo de toda a música. Em relação à música seguinte – A Matter of Time – não se pode apontar nada de realmente mau, além de ser um pouco repetitiva. Acaba por cansar mesmo durante uma única audição antes de chegar ao final da música, ainda que, como foi dito, não tenha mais nada de realmente mau.
Miss the Misery entra bem com uns riffs muito bem conseguidos e a música também se desenvolve a partir daí de uma forma muito agradável. Acaba também por soar um pouco diferente do que é habitual em Foo Fighters, mas de uma forma positiva, ao contrário de White Limo. Tem pormenores simplesmente deliciosos ao longo da música. De uma forma completamente diferente soa I Should Have Know, que introduz elementos e sonoridades algo estranhos na música da banda. A música vai crescendo, com a guitarra e a voz a subir de tom, de uma forma muito bem conseguida, terminando o ciclo que é esta música da mesma forma que começa. Walk é o segundo single retirado de Wasting Light e uma das mais agradáveis músicas do álbum. É Foo Fighters no seu melhor, tanto a nível instrumental como a nível vocal. Além da música muito boa, também o respectivo vídeo é genial, muito ao estilo de vídeos anteriores da banda. Recomenda-se.
Em suma, Wasting Light é apresentado como o álbum mais pesado da banda e ninguém pode afirmar que é falsa propaganda. No entanto, enquanto que se poderia esperar que o tom subisse em relação a outras músicas pesadas da banda, isso só acontece em White Limo, o que acaba por ser positivo, pois essa não é de todo a mais brilhante faixa do álbum. É este o registo em que os Foo Fighters soam melhor e é bom saber que não vão perdendo qualidade nenhuma em relação aos álbuns anteriores. Não revolucionam nem inventam, apenas fazem aquilo que sabem fazer melhor.