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Para os que faziam a peregrinação pendular, vir de Flying Lotus para Justice foi uma lufada de ar mofo.
O single “Safe and Sound” é o arauto do que viria a ser a proposta de entretenimento do duo francês. Não é que não haja mérito no equivalente musical de um cromo repetido. Os que decidiram imprimir ritmo às ancas pareciam já ter o trabalho de casa feito e não terão saído desiludidos, mas o que faz o resto de nós a olhar para dois tipos de costas voltadas? Abana cordialmente a cabeça.
O espetáculo de luzes foi meritório, mas não devia ser preciso escrever duas vezes sobre este tema num festival de música. Gostámos dos interregnos entre temas, o mais perto de música nova a que chegámos.
Claro que transformar um palco principal numa discoteca ao ar livre não é uma tarefa ao alcance de todos. É preciso o fulgor da eletrónica de alma punk e jinga funk que os Justice impecavelmente fornecem desde “†” e o apelo pop acirrado dos seus singles garante-lhes este sucesso. Mas nós já o sabemos. Toda a linguagem entrópica que se ouve em placo, com temas a serem repescados, a serem introduzidos a meio de outros, remixados, samplados, colados e interpolados, já começa a dar sinais de redundância.
Dá para trocar este cromo? Já o temos desde o Alive de 2012 e a caderneta não se faz sozinha.