//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
De um concerto cheio de pulos, para uma Elza Soares sentada, sobejamente purpura e cativante. A septuagenária está elevada em palco num trono que faria inveja nos Sete Reinos. Não percebemos os sacos de plástico pretos, mas [inserir comentário sobre as alterações climáticas e o paralelo com o fim do mundo].
Apesar de sempre sentada, a Tina Turner brasileira foi extremamente comunicativa. “Temos de fazer uma festa linda, vamos? Então quero gritos,” pediu várias vezes ao longo do concerto. E gritou-se. Até quando esta senhora nascida na década de 30 repetia como se estivesse em competição com os Linda Martini o infinitivo do verbo “foder”. Gritou-se ainda mais quando cantou os parabéns a Portugal, o que é ligeiramente gratuito, mas o mais alto foi para Gisberto, a transsexual morta às mãos do preconceito, cuja história foi lembrada antes de “Benedito e Benedita”. É bem, Primavera.