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Festa que é festa continua fim-de-semana dentro. O aniversário do Musicbox prolongou-se para sábado com a actuação de duas das bandas nacionais do momento: Ermo, com o ainda quente lançamento de Vem Por Aqui, e Sensible Soccers, um dos projectos mais interessantes que se viu nascer nos últimos tempos, com um actuação especial para apresentação do novo disco, com lançamento marcado para dia 1 de Fevereiro.
Os primeiros a subir ao palco foram os Ermo. A dupla bracarense trouxe consigo Vem Por Aqui, óptima surpresa de final de ano, que tem arrebatado e conquistado os ouvintes à sua passagem. E não é muito difícil perceber porquê: se no conforto do lar o álbum arrepia, ao vivo com toda a performance brilhantemente montada por António Costa e Bernardo Barbosa, é arrebatador, esmagador, sufocante. Aos primeiros segundos de Eu Vi o Sol, fica claro que os Ermo têm algo que tantas vezes escasseia: identidade. Os magnéticos ritmos produzidos pela maquinaria aliados à incisiva voz que os completam fazem-nos viajar entre a degradação humana, a incompreensão ou mesmo a desolação. Pelo meio, por entre um eco de revolta, António revela que fez 21 anos naquele dia. Quase custa a acreditar quando pensamos na maturidade musical que estes dois jovens transmitem com a arte que criam.
Tão avassaladores foram os Ermo, que o público ficou rendido e nem os problemas sonoros, apesar de se terem feito sentir, foram fortes o suficiente para estragar o espectáculo.
Por muito que já se tenha escrito sobre os Sensible Soccers, é sempre um prazer voltar a fazê-lo porque, a cada novo passo que dão, não conseguem parar de surpreender. Foi com muita satisfação que os vimos pisar o palco do Musicbox com a máquina mais bem oleada do que nunca. Os ritmos quentes invadiram o Cais Sodré, para um incrível concerto que ainda custa pôr em palavras. Nesta fase de transição que antecede o lançamento do disco, trouxeram temas novos (onde não pode faltar Sofrendo por Você, que, aliás, encerrou de forma apoteótica o concerto) e outros já conhecidos, mas com novos toques de classe, como Eurobonds ou Zaire. E foi com total desprendimento do corpo que se dançou ao som dos contagiantes ritmos luxuriosos (e por inúmeras vezes lascivos) dos Sensible Soccers, enquanto se espantavam todos os males do mundo.
Depois de tamanha festa, pediu-se encore que, depois de alguma insistência e algumas reservas, acabaria mesmo por acontecer. Parte de nós ficaria facilmente ali o resto da noite.
O novo ano ainda não começou e já temos disco preferido: a culpa é dos Sensible Soccers, sérios candidatos à bola de ouro. Corram para os concertos, comprem as K7s (que para outros formatos ainda temos de esperar mais um bocadinho) e ponham o álbum a tocar alto. Muito alto. E dancem. Rejubilando por vocês!