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O que terá acontecido aos Beach House nos últimos anos? Perderam o fôlego do tempo? Tornaram-se acomodados? Ou a culpa é nossa?
Duas coisas são certas:
O concerto estava marcado para as 0:45h, mas só começou 40 minutos depois. Explicação? Nenhuma. Apenas uma ténue referência da banda, já durante o concerto, a “dificuldades técnicas”. Entraram em palco numa escuridão profunda, numa espécie de bolha, e de lá pouco saíram. Não porque tenham comunicado pouco com o público, apesar de os “I Love You” e “It’s a pleasure to be here” parecerem dos menos convincentes que já vimos. Mas porque falta chama do que vem do palco e a melancolia sonhadora da voz de Victoria Lagrand já não soa da mesma maneira. O facto de Depression Cherry ser um disco menos conseguido não justifica tudo (excluindo os primórdios da banda, o alinhamento até foi bastante repartido entre os vários discos). Até porque em 2015 tocaram no inóspito Armazém F (Lisboa), não houve palavras vãs e o álbum já tinha saído, mas a cumplicidade com o público foi incomparável.
A meio do concerto, ouvimos “10 Mile Stereo”, o mais próximo que a banda tem do shoegaze e que é sempre um dos momentos fundamentais ao vivo. Quando mesmo este tema, apesar do impacto do jogo de luzes, não excitou a plateia, já não restavam dúvidas que a passagem dos Beach House por Coura seria um estranho falhanço.