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Os Steelheart foram uma banda que podia estar destinada para o sucesso se não tivessem chegado tarde demais. Foi ao entrar na década de 90 que apresentaram o interessante auto-intitulado disco de estreia, que devia ter saído na década anterior. Com o glam metal rentável a gastar os seus últimos cartuchos em 1990 com a “Cherry Pie”, esta banda do Connecticut chamou alguma atenção até si mas não conseguiu pegar a sério. Muita pena porque havia algo neles que os distinguia bem dos restantes gadelhudos de laca: a goela de Milijenco Matijevic não era como as outras.
Ainda veio um segundo álbum que não era mau – muito pelo contrário – mas soava a algo que devia ter sido lançado uns cinco anos antes. Acidentes em palco a parar a banda, um regresso quase a solo com “Wait”, que viveu sobretudo de um semi-hit (graças a um filme com o Mark Wahlberg) e da canção “Say No More” – e um tímido “Good 2B Alive” em 2008. Nem sequer uma discografia muito vasta têm. Mas chega-se a 2017 e temos Steelheart com o novo disco “Through Worlds of Stardust.”
E vêm com pouco propósito além de rockar aqueles que já estavam atentos na altura em que eles vinham atrasados. Concentram-se apenas na força das simples malhas de hard rock, com a vibe da década de 80, com as melodias do AOR, e com um músculo moderno injectado nos riffs dando-lhes uma frescura e um peso mais renovados. Soa bastante competente. E as baladinhas estão lá, claro. Quase todas seguidas até, com o alinhamento quase a dividir uma fase para cada lado, a poder ser o mais problemático aqui. O óbvio destaque continua a ser a voz de Matijevic, que já passou os cinquenta anos mas continua a impressionar ao atingir as notas mais altas. Não é um disco extraordinário, pode não vir a ser muito recordado, listado no final do ano ou sequer reconhecido. Mas para a malta nostálgica, que gosta de um bom hard rock como as velhas regras ditam, têm aqui com os Steelheart uns quarenta minutos bem passados.
Stream Line Savings, My Word, You Got Me Twisted
Motley Crue, Warrant, White Lion