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Há muito que os Moonspell marcaram a sua posição no Mundo inteiro e, felizmente, cada vez mais os sentimos menos como só nossos. Num fenómeno curioso que divide o público naqueles que estão rendidos numa vénia permanente a tudo o que a banda faz e aqueles que já não lhes vêem grande interesse, os Moonspell assinam em 2017 o seu décimo-primeiro disco, intitulado “1755”, e surpreendem com o seu primeiro álbum cantado inteiramente em Português.
O disco conceptual assenta sobre o terramoto que assolou Lisboa e o país nesse mesmo ano e não é só no conceito que se vê a ambição da banda – “1755” possui algumas das maiores orquestrações em todo o seu percurso. Mais baseado nessa vertente sinfónica que na sua saudosa veia mais gótica, todo o ambiente de desastre acaba por nos levar de volta àquele aterrador início de Novembro. É do mais bem conseguido neste disco, que possui igualmente uma costela mais progressiva, e que pretende com isso ligar todos os temas de forma a que funcionem como um todo.
Entre propostas mais estranháveis como a remodelação orquestral de “Em Nome do Medo”, tema já conhecido de “Alpha Noir”, e as mais fortes “In Tremor Dei”, com a participação de Paulo Bragança, ou a já anteriormente conhecida e facilmente memorável “Todos os Santos”, os Moonspell têm em “1755” um disco que corresponde ao seu estatuto e ao interesse e curiosidade que já tinham suscitado. Com um disco a exclamar ao Mundo de onde são e com força para ser possivelmente o seu registo mais interessante desde “Night Eternal”, numa discografia consistente, afinal os Moonspell são mesmo nossos e ainda vale bem a pena ouvi-los.
In Tremor Dei, Evento, Todos os Santos
Cradle of Filth, Rotting Christ