//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Com a qualidade e ambição da mais recente remessa de discos dos Machine Head, especialmente a partir de “The Blackening”, antes da edição deste trabalho estávamos perante a incerteza de esperar que a banda se tornasse um autêntico gigante dentro de um género mais pesado ou se essa ambição toda a faria engolir-se a si própria e originar algum registo mais atabalhoado. Infelizmente, “Catharsis” chega a pender bem mais para a segunda possibilidade.
Este é um registo com mais olhos que barriga e que peca pela promessa, potencial e pela pobre execução. Louve-se a capacidade de um refrão orelhudo como em “California Bleeding”, o groove pesado característico no riff de “Beyond the Pale” ou os laivos mais progressivos de “Heavy Lies the Crown”.
Mas pouco mais. No geral, “Catharsis” perde-se em trapalhadas como a promessa de Robb Flynn de uma sonoridade mais comercial e acessível que apenas parece a fórmula própria dos Machine Head de tempos recentes, mas mais aguada e repleta de temas vazios; a sua maior queda e abertura descarada ao nu metal desde o infame “The Burning Red”, com uma faixa como “Triple Beam” a poder envergonhar alguns fãs; a juvenilidade das letras, mesmo que a abordar temas sérios e compreensíveis nos dias de hoje, que se encontra um pouco ao longo de todo o disco, mas mais destacáveis em “Kaleidoscope” ou a manchar a experiência meia folk de “Bastards”, que até podia ser um dos destaques do álbum e ter uma boa mensagem.
“Catharsis” peca desde logo pela sua duração. Uma hora e um quarto é muito difícil de se suportar, ainda por cima com tanto chouriço pelo meio. É um exemplo de querer fazer muita coisa e de se perder o foco. Não são nenhuns meninos, conseguirão levantar-se de um passo em falso. Que é o que se pode chamar a este disco.
Beyond the Pale, California Bleeding, Bastards
Slipknot, Machine Head do “The Burning Red”