Dimmu Borgir

Eonian
2018 | Nuclear Blast | Black metal sinfónico

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De toda a canalha Norueguesa que na década de 90 pintava as caras, não tinha dinheiro para produzir a sua música em condições e se tornou uma colossal influência, mal restou alguma que não tivesse crescido, mudado e até desagradado fãs. Mas nenhuma terá alienado tanto os seus seguidores como os Dimmu Borgir.

Eonian” continua o mesmo caminho cinematográfico e sobreproduzido que têm vindo a definir sem acrescentar algo ou justificar a espera de oito anos. Se há temas que parecem procurar o peso que se encontraria num “Puritanical Euphoric Misanthropia”, outros seguem a mesma veia sobejamente sinfónica e podiam constar no antecessor “Abrahadabra”. Uma palavra que lhes descreve a imagem também se aplica ao som: exagero. Mais uma vez, deixam as orquestras ofuscar todo o resto, deixando apenas um mero cheirinho de black metal em riffs fortes, tremolos e blast beats que podiam ser do melhor do disco se não estivessem tão cobertos e reduzidos a som de fundo.

Eonian” não deixa de ser uma obra bem feita e polida, com uma produção a combinar com a sua ambição. Mas tudo envolto num manto orquestral que deixa a dúvida se o álbum é dos Dimmu Borgir ou se são eles uns meros convidados. Não recupera fãs perdidos e mantém-nos como uma espécie de “Nightwish maléficos” ou, então, talvez aquilo que pretendem: a banda mais over-the-top de todo o espectro extremo.

Músicas em destaque:

The Unveiling, Council of Wolves and Snakes, I Am Sovereign

És capaz de gostar também de:

Cradle of Filth, Fleshgod Apocalypse, Carach Angren


sobre o autor

Christopher Monteiro

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