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“We are Yellow Days; we’re playing some music for you. We hope you enjoy it.”
Antes de qualquer canção o palco da Pitchfork confirmava-nos a dúvida que tínhamos sobre Yellow Days: seria a voz falada de George van den Broek tão melíflua como a sua voz cantada. É, mas não contávamos com um sotaque que parece ter vindo do outro lado do charco. George é inglês mas só a tez pálida é que o denuncia.
Começa o espetáculo com uma banda em palco, mas “So Terrified Of Your Own Mind” é só dele. Este seria um concerto para ouvir deitado na relva enquanto a voz e a guitarra encharcada de reverb nos abraçava numa melancolia profunda.
George apresentaria praticamente todas as canções para que pudéssemos escolher a nossa favorita e chegar a casa para procurar no Spotify. Com uma plateia generosamente preenchida é de arriscar que alguns seriam apenas curiosos à espera de serem convertidos. “The Way Things Changes,” uma canção “real new,” nas palavras do artista, tornar-nos-ia crentes na hora se já não fossemos parte do coro.
A primeira de três referências a erva (vide, A$AP Rocky e Thundercat) chegou-nos via a questão: “Who here likes to smoke weed? Some of you must, this is a music festival.” É uma afirmação tão preconceituosa como certeira. “This song is about that,” e eis “The Tree I Climb.”
Sempre simpático, a figura do projecto Yellow Days sorri quando canta. Ocorre-nos que na sua voz carrega o mesmo “vocal fry” de Justin Vernon, mas em sensual, e a aura “soul” de guitarrista que canta de um George Ezra sem a cara de cu.
Despede-se prematuramente e chega a sair de palco para se corrigir com um “We got time”. Por engano, Yellow Days tem direito a façanha inédita: um encore. “Nothing’s Going to Keep me Down” termina o primeiro concerto do palco Pitchfork e sobre aplausos entusiasmados para o britânico.