//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
A meio do concerto dos Public Service Broadcasting ocorre-nos que já imaginámos um futuro muito mais esperançoso. O trio, que se apresentou em língua portuguesa com um “boa noite, Porto,” trouxe consigo um nerd rock a piscar o olho ao prefixo “post” que samplava abundamente pequenos discursos de anúncios de serviço público do século passado. A esperança e fé depositada na tecnologia nos primeiros anos das telecomunicações e da corrida ao espaço é de uma imaginativa inocência que perdemos. E por “nós”, leia-se, qualquer pessoa não chamada Elon Musk. Mas no geral, 2018 é um ano incrível para se viver, só que parece uma concretização de sonhos passados que carece de mais ambição.
Admitamos: é muito mais fácil tornar discursos épicos e ambiciosos se por traz se ouvir uma banda sonora de rock e eletrónica melódica que vai em crescendo, construído loop a loop, na direção de um cumulo expiatório.
Mas a banda de J. Willgoose Esq., Wrigglesworth e JF Abraham (melhores nome) trouxe também consigo muita diversão. Musicalmente, há que gostar quando se mistura banjo e eletrónica, bucólico e futurista, mas a performance também ela transpirava a alegria. Desde a secção de sopro irrequieta que se juntava esporadicamente à banda, à “set piece” do concerto quando UM ASTRONAUTA DANÇANTE INVADE O PALCO.
Ou seria um Cosmonauta para ser coerente com o tema, Gagarin? Seja como for, todos os emojis de coração para esse momento.
Os PSB são verdadeiro serviço público à felicidade e ao futuro e fazem-no com lições do passado. Em loop para não nos esquecermos.