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À sequência de EPs composta por “Not the Actual Events” e “Add Violence”, lançados em 2016 e 2017 respectivamente, junta-se agora “Bad Witch.” É a conclusão de uma trilogia — contudo, desta vez, os Nine Inch Nails decidiram fazê-lo no registo longa-duração.
Com apenas meia-hora de duração, poderia ter sido um EP; no entanto, “Bad Witch” é oficialmente considerado como o nono e mais curto álbum da carreira dos Nine Inch Nails. O disco merece destaque pela diferença e por tudo o que acrescenta aos registos que o antecederam.
A banda de Trent Reznor nunca poupou na esquisitice, no peso e na escuridão, e o ambiente de “Bad Witch” é bem capaz de ser o seu mais negro, inacessível e visceral que lhe vimos. Com ruídos e camadas electrónicas que podem agradar a fãs de “Broken” e “Fixed” — que isto de brincar aos EPs interligados não é novo —, o que também não falta são elementos novos e estranháveis na sonoridade-tipo dos NIN.
Sem timidez perante o noise, o dark ambient e outras sonoridades mais marginais, Reznor deixa aberta a porta ao jazz, com um surpreendente saxofone nas estupendas passagens ambientais e até emprega, por vezes, um tom de voz mais baixo que não lhe é propriamente característico. O disco não deixa de ter uma influência primária, e este não é o primeiro nem será o último texto que lerão onde é feito o paralelismo com “Blackstar” de David Bowie e a sua aura. Esperemos que Trent Reznor não se esteja a despedir de ninguém, ainda para mais quando “Bad Witch” prova que valerá sempre a pena escutar material novo dos Nine Inch Nails.
Ahead of Ourselves, Play the Goddamned Part, God Break Down the Door
David Bowie (Blackstar), Marca Registada Trent Reznor