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O black metal nacional actualmente é um campo com colheita muito rica, onde não falta variedade e qualidade. Há sangue novo de muito valor, é verdade, mas é também naqueles que já cá andam há mais tempo que se garante essa qualidade. É o caso dos Decayed, que faziam disto quando quase praticamente mais ninguém fazia, e têm agora em “Of Fire and Evil”, mais um argumento a seu favor.
Ninguém diria que já lá vão 25 anos desde que o disco de estreia aterrorizou e fascinou o underground Português e provavelmente também ninguém apontaria este “Of Fire and Evil” como sendo já o décimo segundo longa-duração da banda, a juntar a muitos mais lançamentos numa riquíssima e frutuosa carreira a blasfemar. Nada os abrandou, nada os intimidou, nem alguma necessidade de mudança, nem o risco da estagnação. Assim que entram os cortantes riffs de “FireStorm”, o acelerador mantém-se lá no fundo – sem se renegar algum interlúdio – e sem perder a pujança, peso e atmosfera.
É uma pica juvenil que, a esta altura do campeonato, só podia ser atingida por veteranos com noção. Eles sabiam como deviam soar há 25 anos atrás quando o black metal ainda era uma relativa novidade em todo o lado e sabem como devem soar agora, quando não há roda a inventar sem pretensiosismos. Que é coisa que nem se cheira aqui. “Of Fire and Evil” é Decayed cru como sempre, à moda antiga sem soar datado. É black metal gélido, rápido, thrashado quando deve, honesto e intimidante, como o black metal era quando nasceu. Eles estavam lá quando isso aconteceu, sabem como foi.
FireStorm, God Is Dead!, Alvorecer de Almas Perdidas
Filii Nigrantium Infernalium, Corpus Christii, Irae