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O serviço de excelência da Filmin anuncia as suas novidades para o mês de Setembro — e foi preparada uma ímpar selecção do melhor cinema contemporâneo. Ora vejamos:
Da autoria de Andrew Haigh, que foi mais recentemente falado pelo maravilhoso 45 Years (com Charlotte Rampling e Tom Courtenay), estreia O Meu Amigo Pete (Lean on Pete, 2016), apresentado no Festival de Veneza no ano de 2017. Decidido a cimentar o seu nome nos bons valores actuais do cinema europeu, Haigh traz-nos uma experiência singular, na qual alguns reconhecem traços do isolamento dos antigos westerns, que se destaca na gama do cinema sensível, silencioso e contemplativo. Além disso, oportunidade para aferir o talento de Charlie Plummer, que lidera no papel principal.
Para quem deseja arriscar mais um pouco, e ainda dentro da produção europeia, há uma inusitada proposta do ucraniano Myroslav Slaboshpytskyi. A Tribo (Plemya, no original, 2014) é um filme inteiramente rodado em linguagem gestual ucraniana, e incide na história de um rapaz que tenta integrar-se num grupo da escola que passará a frequentar. Ora, não há legendas para a linguagem dos actores; e isso obriga a uma experiência muito mais visual e intuitiva, ancorada nos corpos, e que levanta novas possibilidades para a expressão no cinema.
O Dia Mais Feliz da Vida de Olli Maki (Hymyilevä mies, 2016), do finlandês Juho Kuosmanen, chega após ter ganho o prémio Un Certain Regard na secção homónima de Cannes. Conta a verídica história de Olli Maki, um lutador de boxe finlandês; e há também Nico, 1988 (2017), da autoria de Susanna Nicchiarelli, sobre a atribulada vida de Nico, a alemã recordada como uma das importantes vozes europeias do seu tempo e que se eternizou no belíssimo disco dos Velvet Underground, antes duma carreira a solo.
E como se isto não fosse suficiente, há ainda o novo de Richard Linklater, A Derradeira Viagem (Last Flag Flying, 2017). É o seu mais recente filme desde uma espécie de falhanço (?) junto da crítica (?) que lançou há dois anos, Everybody Wants Some!!, mas autor de uma carreira que nos permite confiar-lhe bons diálogos, uma sensibilidade algo existencial, e uma curiosa noção do tempo.
Interesso-me por muitas coisas. Estudo matemática, faço rádio, leio e vou escrevendo sobre fascínios. E assim o tempo passa. (Ver mais artigos)