//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
E se vos dissessem, caros leitores, que vai estrear em breve um filme — um filme sobre um jogador de futebol, ou um ex-jogador, porque a sua carreira declina rapidamente após falhar num momento decisivo a jogar à bola —, com uma narrativa bizarra e surreal, a envolver manipulação genética, movimentos da nova direita, e com tangentes comentários à crise de refugiados? Mais ainda: que, entre o elenco, se contam os nomes da jornalista Manuela Moura Guedes e da comediante/etc. Joana Barrios, com o protagonismo entregue a Carlotto Cotta e a Anabela e Margarida Moreira? Que extraordinário seria, não é?
Ora, dizemos nós agora: o filme existe e chama-se Diamantino, e é uma estreia (já premiada) na realização por parte da dupla Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt. A inusitada proposta é, segundo Gabriel Arantes, “um filme surpreendente e engraçado sobre uma série de questões contemporâneas”, cuja essência está associada ao “género clássico de comédia romântica”. Pelo meio, num registo fílmico ambicioso embora descomprometido, há deambulações pelo absurdo e pela ficção científica— porque é esta mistura que parece definir os temas contemporâneos que se intrometem na narrativa.
Diamantino já tem causado burburinho por festivais além-fronteiras: no Toronto International Film Festival, por exemplo, ou na Viennale. E por cá, estreia daqui a pouco mais de um mês, a 15 de Novembro, com distribuição entregue à NOS Audiovisuais. Seja como for, estamos conquistados pela proposta de reflexão sobre o mundo guiados pelos toques de bola duma super-estrela mundial portuguesa. Cuida-te, Ronaldo, que em nada nos iluminas em questões geopolíticas.
Interesso-me por muitas coisas. Estudo matemática, faço rádio, leio e vou escrevendo sobre fascínios. E assim o tempo passa. (Ver mais artigos)