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É incrível como, ao décimo álbum, os britânicos Anaal Nathrakh ainda conseguem ser das bandas mais medonhas e surpreendentes que se encontram no espectro da música extrema. Se já superamos a estranheza de ver apenas dois indivíduos a criar tanto basqueiro e a dificuldade em classificá-los, agora andamos a processar como sai este “A New Kind of Horror” numa forma tão impecável.
É aquele híbrido aterrador e difícil de classificar entre black metal, death metal, grindcore, batidas industriais, riffs de fazer inveja a qualquer banda juvenil core que queira atingir o peso através do grave e, no meio da chinfrineira, o espaço para sempre surpreender com o mais épico refrão de ficar na cabeça. Quem os conhece, sabe que é o que se encontra nos discos anteriores. Mas também sabe bem que não se encontra em mais lado algum. E parece que arranjaram maneira de ampliar tudo. Chavascal mais violento, parte limpa mais melódica, musicalidade mais avançada, atmosfera mais assustadora. Mick Kenney continua a tratar de fazer a música mais ridiculamente pesada e desconfortável que consegue, misturando todas as suas influências. Juntando a ginástica vocal de V.I.T.R.I.O.L., capaz de impressionar até um Mike Patton, no topo da sua abrangência – há ali uns agudos em “The Reek of Fear” que até impressionarão o King Diamond – e, em pouco mais de meia hora sai mais uma aberração sonora com tanto de sujo como arrojado e que continua a fazer dos Anaal Nathrakh das bandas mais únicas no panorama pesado.
Um temível monstro, mas para o qual não conseguimos parar de olhar. Ou neste caso, de ouvir. E a banda que parece andar a concorrer para ser a mais extrema entre todas as bandas extremas ainda consegue agigantar mais o monstro feioso com um dos melhores discos do seu ruídoso percurso. De se louvar, assim que se recupere do cagaço.
Obscene as Cancer, The Reek of Fear, New Bethlehem / Mass Death Futures
Fukpig, Deathspell Omega, Eryn Non Dae.