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O ano de 2018 continua uma tendência de 2017. Tem sido uma altura excelente para o death metal. Género antiguinho, que encontra frescura na sua podridão, tem beneficiado de óptimos trabalhos dos seus veteranos e do sangue novo que os idolatrava e agora recria. Também os supergrupos vão singrando e “The Arrow of Satan Is Drawn” dos Bloodbath é mais um dos grandes álbuns do género.
Os currículos, ou ocupações principais dos seus integrantes – e de todos os convidados de luxo que metem só na “Bloodicide” – podem ser impressionantes, mas de pouco servem aqui. Os Bloodbath não se estão a preocupar com paralelismos, nem com inovar, mas sim com manter o death metal na sua mais (im)pura forma, directo e com a atmosfera pútrida certa. E outro pormenor importante: também estão preocupados com canções. Quando se pensa que é difícil um álbum de música extrema entrar imediatamente, os Bloodbath cometem o sacrilégio de escrever canções e temas memoráveis e presenteiam-nos com um conjunto sólido. “Bloodicide” pode ser o seu novo hino a berrar em uníssono; “Wayward Samaritan” é mais ou menos o que podemos imaginar se os Motörhead tocassem death metal; “Levitator” é um petardo de lentidão lamacenta, que mostra que vale a pena brincar ao doom de vez em quando; há uma mãozinha de black metal aqui e ali, especialmente em “Morbid Antichrist.”
Musicalidade no ponto, sem exibicionismos, e não se questiona a forma vocal de Nick Holmes, sobretudo após tanto tempo que o tivemos longe disto, a “descansar” a voz. E vamos continuar todos a cantar a “Eaten,” qual hit de assinatura, mas vale a pena prestar atenção a este “The Arrow of Satan Is Drawn.” É mesmo o melhor disco dos Bloodbath.
Bloodicide, Levitator, Morbid Antichrist
Entombed, Grave, Paganizer