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Este álbum dos Worldservice Project saiu em Abril deste ano. Os Worldservice Project são um projecto londrino que há 5 anos inspirou a criação dos The Rite of Trio, aquando da sua passagem pelo festival 12 points que nesse ano aconteceu na Casa da Música. O quinteto toca uma espécie de punk jazz muito próprio, super intenso e entusiasmante. Estão já no terceiro álbum e vão agora numa tour pela China e pelo Japão.
Esta música é linda. Ouçam. Já.
Regresso muitas vezes a esta obra desde que a conheci, em busca de uma serenidade sem falsas promessas de segurança. Acho-a um marco de arrojo não-óbvio. Ouvi-la na totalidade começa por ser um desafio, com as suas quase 5 horas de duração, mas até mesmo por isso torna-se uma experiência simbólica do macro intangível. Inspira-me, para a criação em The Rite of Trio, a não ter medo de esticar os impulsos e imagens que me surjam para lá dos limites pudicamente aceites.
Um exemplo intenso de uma das minhas buscas pessoais por música que expanda os horizontes do real possível, ora com o aburdo mais desamparante ora com a fantasia mais embalante, sem nunca deixar de ser incondicionalmente cativante. Para mim, uma delícia intemporal, daquelas que não sei nem quero saber explicar.
Não tendo gostado especialmente do último disco de Radiohead esta foi uma das músicas que, para mim, se destacou. Principalmente por haver uma relação sinestésica e onírica entre o chicotear do reverb de molas (presumivelmente executado por Johnny Green Wood) e o backbeat da tarola na secção final.
Uma canção pop com pequenas pinceladas rítmicas contrastantes executadas por um baterista rock moderado, mestre na orquestração do seu instrumento. Pinceladas essas que acompanham um vocalista/guitarrista que é, ele mesmo, a compreensão da expressividade intrínseca. Fossem todas as canções assim.
A participação na abertura dos Jogos Olímpicos, o destaque nos Best New Albuns da Pitchfork e de repente todos os olhos postos nos quase 80 anos da vida trágica e alucinante da brasileira Elza Soares. Racismo, feminismo, samba no pé, funk na batida, voz suja e uma vida cheia de histórias irreais para contar neste enorme álbum.
Ainda no espírito do funk e samba é obrigatório passar pelo rapper brasileiro Criolo.
Também eu fui apanhada pela febre eighties e sintetizadores da série Stranger Things. Enquanto a banda sonora não chega há mais música para descobrir deste quarteto de Austin e esperar pacientemente pela segunda temporada que a Netflix já confirmou.
Este 99.9% do produtor haitiano tem rodado no trabalho e nas viagens de carro até à exaustão. Não me canso da sua mescla de sonoridades e batidas electrónicas. É para já o álbum do meu verão.
Álbum novo dos Russian Circles e Lisboa aparece-nos assim pintada de uma nostalgia e força que nem os muitos fados da capital conseguiram até hoje trazer-nos. Agora só é justo esperar que a digressão europeia dos Russian Circles passe novamente por cá.
Os domingos de praia têm tido como consequência o facto de chegar tarde a casa para participar nesta bela rubrica. Esta semana consegui fazer com que isso não acontecesse e dedico as minhas escolhas 100% a música nova e quentinha! Comecemos pelos Phantogram que estão prestes a lançar álbum novo e têm aqui o primeiro cheirinho dele.
Saído também há poucos dias temos o álbum Corazones de Omar Rodriguez-López. O excelente guitarrista de imensos projectos como The Mars Volta, Antemasque, At The Drive-in ou Bosnian Rainbows lançou desta vez um álbum a solo, onde aparece também a cantar. Mais simples, de guitarras menos floreadas e mais acústicas, mas igualmente a merecer ser escutado.
Cheguemos aos Russian Circles, criadores do álbum que está mais quentinho de todos! Continuam com todo o poder das enormes variações dinâmicas, cheias de momentos bem tranquilos e com saltos para agressividade meio metaleira. Resolveram também dedicar a última música à nossa capital, que parece estar na moda também para inspirar músicas.
Também as Warpaint têm nova música, curiosamente com esse exacto nome. O quarteto de miúdas promete álbum novo para este ano e mostra-o com um lado mais abanor de ancas.
Este senhor podia bem ser classificado com uma média não abaixo de excelência em todos os trabalhos onde mete a mão (ou os dedos, mais habitualmente). Para além de uma música fantástica o vídeo não fica em nada a trás! Uma conjunção simplesmente brilhante! E se tiverem tempo vejam todos os vídeos da mais recente série que Ólafur fez. Valem a pena.
E assim se dá início ao estágio pré-amplifest. Cada vez tenho mais interesse em concertos na onda do que fazem os Ben Frosts, os Tim Heckers e os Roly Porters desta vida. Não sei, parece-me que levar com riffs no focinho depois da tareia que foi Sumac já não bate.
Esqueçam o que disse. Assim que ouvir aqueles primeiros acordes todo eu serei pele de galináceo.
Provavelmente, a malha que ouvi mais vezes este ano.
Curioso para escutar o novo dos MOASE; esta “Carried” mostra que não são só mais uns a tocar post-qualquer coisa.
Depois dos Neurosis, são a banda que mais quero ver daqui a menos de duas semanas.
Confesso que era aquela pessoa chata que dizia que Opeth era capaz de ser o que menos me entusiasmava nesta edição do “Vagos”, que contava também com Anathema, que adoro, e Katatonia, que é a pancada do momento. Tudo mudou quando Mikael Akerfeldt e companhia deram um brutal concerto em Corroios. Valia a pena só por si.
Podia fazer esta rubrica apenas com músicas que ouvi no VOA 2016, mas por falta de consistência crónica não o vou fazer. Adoro o The Fall of Hearts e esta Old Heart Falls soa tão bem ao vivo como em álbum.
Não gostei do concerto pela simples razão de o som dos microfones estar mais defeituosa do que a linha ofensiva do Sporting. Ainda assim, algumas daquelas músicas que mexem sempre comigo levaram-me a ansiar por um novo concerto rapidamente num outro ambiente.
O quê? Continuo a ouvir o Moon Shaped Pool de um lado ao outro sem dó nem piedade? É verdade, suspeito que vai estar aqui o meu álbum favorito deste ano, mas vamos esperar mais um pouco.
Continuo à espera de um novo álbum e adoro o Lateralus.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)