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Há bons discos que acabam por soar melhor por trazerem um sentimento de justiça. Nita Strauss já deu bastante nas vistas e já dedilhou bastante a guitarra na popular banda tributo The Iron Maidens e, o mais notável, para a banda de Alice Cooper. Mas acabava por ter que carregar a cruz de ser uma guitarrista feminina num mundo predominantemente masculino. Justiça seja feita com os fundos para “Controlled Chaos,” disco que vem provar realmente o valor e talento descomunal da jovem Nita.
“Controlled Chaos” singra por ser um disco de exibicionismo à guitarra que é facilmente suportável. Claro que o virtuosismo em catadupa e o festim de shreds e licks está lá, a escola Marty Friedman ou Steve Vai é óbvia, mas nota-se a procura pela canção e pela melodia e em deixar a guitarra cantar em vez de se tornar um mero exercício hiperactivo à la Dragonforce ou Malmsteen, mesmo que este último até nem deixe de ser uma influência. Adora-se o heavy metal neoclássico da década de 80, mas não se deixa de sentir bastante um tom e um groove moderno, com ocasionais riffs à Lamb of God ou Arch Enemy a servir de base para os solos que Nita “canta.” E mesmo com canções notoriamente superiores a outras, não deixa de ser um conjunto sólido e coeso, que impressiona numa estreia.
Restará alguma queixa em relação a alguns pormenores de produção, com uma bateria a sobrepor-se demasiado. Mas louve-se o frutuoso esforço de Nita Strauss em apresentar uma estreia com eles no sítio, a riscar totalmente a possibilidade de ser apenas uma cara bonita sobrevalorizada. Muito pelo contrário, tem talento a falar por si e, tanto uma lenda do hard rock que usufrua da sua guitarrada ou fãs da jovem em nome próprio, sairão sempre bem servidos.
Alegria, Mariana Trench, Hope Grows
Marty Friedman, Steve Vai, Angel Vivaldi