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Qualquer género que reúna atenção e aclamação acaba por atingir a saturação. E dentro de algo como o pós-rock ou pós-metal, em que não é difícil ter muita coisa a soar semelhante, começa a fazer falta um atento processo de selecção. E os mais atentos já conhecerão os Juseph do molhe que vale a pena.
O primeiro cartão de visita “Novae” e os desempenhos em palco da banda faz-nos saber ao que vamos, os pontos fortes a encontrar, as rotas transdimensionais que os seus riffs percorrem e para que nos levam. Mas também é verdade que esse EP de estreia, com toda a sua impressionante qualidade, ainda não fazia total juz à pujança e peso que este colectivo instrumental é capaz de debitar em palco. Notado e registado. “Óreida” aperfeiçoa o que já lhes era conhecido, capitaliza esse potencial e apresenta um disco de estreia baseado no “mais.” É mais pesado, mais denso, mais distorcido. Mas também mais ambiental, mais progressivo, mais envolvente. Como se requer num registo deste género, coloca muita “palavra” na música, com a falta de letra, e é inevitável sentir-se o transporte para paisagens acolhedoras. Mais especificamente, as paisagens frias da Islândia, como era a intenção.
Trabalhoso e demorado mas é um primeira longa-duração a fazer valer a pena a espera. No entanto não se tratam de novatos, que eles já percorrem muito palco de dimensão diferente há praticamente uma década e já se envolveram noutros projectos de renome – como Redemptus, a quem se pode fazer uma aproximação sonora. “Óreida” é o fruto de anos de trabalho e de definição, para garantir que, esgotem-se lá ideias para as sonoridades “pós”, é garantido que estes valecambrenses são dos que valem a pena manter debaixo de olho.
Heavy Sea, Laki, Our Ganges
Redemptus, Before and After Science, Process of Guilt