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Das antípodas do planeta para a cidade do Porto, chegou o nome que este ano por si só nos teria justificado a romaria à cidade invicta.
Courtney Barnett tem vivido tempos abençoados. A crítica e a aclamação do público andam de mão dada e não há quem seja indiferente ao indie-rock da australiana que nos faz lembrar o início dos anos 90 se este se misturasse com riffs “acountryzados”.
Um espetáculo que se dividiu entre os dois álbuns editados ficou marcado por uma Courtney que trocou a personagem acanhada das suas letras por uma proto-rockstar que subias às colunas do som de retorno para mostrar virtuosismos de guitarra e posar para a fotografia.
Verbosa, não só nas letras, como nas suas interações com o público, ia entretendo o NOS Primava Sound com as suas tiradas e humor “deadpan”.
“This is fun, I’m having fun. Oh, look, there goes the sunset. Very romantic. Ok, it’s gone. We’re gonna play a new song, it’s called ‘Everybody Here Hates You’.”
Apropriado.
Em spoken word, o rock irónico e auto-depreciativo de Courtney Barnett conseguiu encontrar uma lacuna que a melomania já pedia aos anos. Felizmente, não imaginamos que esta abordagem idiossincrática seja replicável. Enquanto assim for, a australiana ocupará, e bem, este espaço sozinha.
“What about Aldous Harding?” perguntava.
Quanto menos falarmos disso melhor.
“We’ve got a couple more songs. Although that really sounded like a final song,” lamentava antes de se lançar a “Nobody Really Cares If You Don’t Go To The Party” e “Pedestrian at Best,” êxito maior que suscitou o maior sing-a-long que ouvimos durante o dia.
“Keep in touch. Write Letters. We love you.”
E lá ia ela para os Estados Unidos.