Mais uns. Tem sempre que haver alguma novela a manchar legados de bandas e diga-se que o dos Polacos Batushka é das mais embaraçosas, com birras online e puxões para aqui e puxões para ali, a ver quem é que era o dono dos Batushka ou quem era os Batushka. E com essa brincadeira, ficamos com duas bandas à compita. Sai “Hospodi” dos Batushka de Bart Krysiuk, dois meses depois de “Panihida,” dos Batushka de Drabikowski – que por acaso não chegou a brindar aqui as andanças destas páginas internautas.

Nem parece justo mas um ponto de análise deste disco desta versão dos Batushka é a má análise que recebe à partida: os fãs estão divididos e os fãs dos outros Batushka já caíram encima deste e chamam a esta versão Faketushka. E os fãs desta versão já fizeram o mesmo com o anterior. Assim não dá. Infelizmente o que se dá para tirar daí é que se calhar dos dois discos não se tira um com verdadeira solidez e ímpeto para ser um digno sucessor do interessantíssimo “Litourgiya” e para realmente ofuscar toda a vergonha que se associa a este já tão atirado e pisoteado nome. Continua o som de marca da banda Polaca ainda unida, com um black metal doomesco, bem decorado de sinistros cânticos gregorianos e uma bizarra temática religiosa Ortodoxa, a ajudar ainda mais a toda a aura e atmosfera. Está tudo cá, mesmo que um pouco mais pintado por números, como se esta metade dos Batushka tivesse que estudar para realmente obter o pretendido – e não muito diferente se dirá, talvez, do bem mais cru “Panihida.”

A fórmula ainda resulta, especialmente num bom par de temas como são “Powieczerje” e “Polunosznica,” e ainda há uns bons malhões como a fúnebre “Pierwyj Czas” ou a surpreendentemente quase thrasheira “Utrenia” a sacar de um bem memorável riff. Mas não é uma força que se encontra no álbum todo, que acaba por se dispersar e não nos impede de pensar que se calhar as metades precisavam mesmo uma da outra para sacar de outro como “Litourgiya.” Portanto não nos faz esquecer toda a confusão, toda a borrada que lhes ofusca a arte. Com todo esse tumulto para compensar e, se tivermos em conta que até estão a competir, pedia-se mais.