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Os Slipknot, marcantes para jovens adultos de hoje que deram os seus primeiros passos na música de peso auxiliados pelas máscaras intimidadoras desta numerosa banda, também não podiam escapar a um drama público parvo. Com a balança sempre equilibrada entre a aclamação e a difamação, tinham que manchar um pouco o nome com disputas corporativas de quem é patrão e quem é empregado nessa empresa que são os Slipknot. Um título como “We Are Not Your Kind” acaba por se adequar da forma errada.
Podemos olhar além disso e tirar-lhe o foco se realmente existirem as malhas. Este sexto disco chega com nada a provar e a manter o ritmo descomprometido de uma banda que já construiu o legado e encheu os bolsos e não precisa de ter um álbum novo a cada par de anos, já fizeram isso ao início e deram-nos os três belos petardos que permitiram esse “relaxamento.” Essas propostas estavam cheias de uma força e raiva juvenil que eram necessárias para singrar na altura, mas que já não fariam tanto sentido agora para a versão adulta da banda. Foram suficientemente inteligentes e tornaram-se mais experimentais, mais voltados para o factor melódico do refrão açucarado – que sempre lá esteve, mas intensificou-se desde que acharam piada à “The Nameless” no “Vol. 3.” Quando chega “We Are Not Your Kind,” independentemente de quantos membros originais sobrem, tem que soar a Slipknot e isso verifica-se de imediato. E a partir daí sai o disco mais experimental da carreira dos mascarados medonhos, com olhares para o passado q.b.
“Unsainted,” single de apresentação é um perfeito cartão de entrada para encabeçar o disco, como hino épico do colectivo de temas. A partir daí há mais malhas da marca inconfundível Slipknot, como “Birth of the Cruel,” “Red Flag” ou “Solway Firth,” assim como as tais revisitas com “Orphan” a ser a canção mais “Iowa” deste trabalho e “Not Long for This World” a trazer aquele “pop rock pesadão” do “All Hope Is Gone.” E como Corey Taylor ainda é o fundador dos Stone Sour, obviamente traz melancolia e eles ainda acham graça a fazer “Vermillions,” não com uma parte 3 ou 4, mas sim com uma “A Liar’s Funeral.” E do outro lado da moeda, “Spiders” e “My Pain” serão das canções mais experimentais de toda a carreira da banda, com a primeira a resultar melhor que a longa interlude que é a segunda. Tudo junto dá um disco bastante heterogéneo mas coeso e de identidade vincada, provando que, independentemente do seu estatuto perante parte do público ou de confusões legais, maus discos ainda não fazem. “We Are Not Your Kind” não é nenhum dos três primeiros, claro, mas isso já sabíamos à partida.
Unsainted, Spiders, Orphan
Stone Sour, Korn, Aquela malta contemporânea que vos fez usar calças largas