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A hora era de lusco-fusco, mas havia que (re)ver os Sensible Soccers e o seu novo Aurora (2019, edição de Autores) ao vivo. Manos da música nacional e do festival (dois belos concertos em dois anos consecutivos – 2013 e 2014, apesar de nunca terem tocado a Fernanda, como se lhes pediu), são agora um quinteto, com ainda mais percussão electrónica, enquanto que de cordas já só há o baixo de André Simão.
Manuel “Né” Justo e Hugo Alfredo afirmaram-se de vez como a central de onde brotam as ideias da banda, devidamente coadjuvados por um Simão cada vez mais preponderante no ADN da banda e por Sérgio Freitas e Jorge Carvalho, que asseguram essa renovada vertente electrónica, combinando as suas teclas e percussões. Se há poucos meses a execução das novas canções era mais rígida, agora já quase que nem parece o mesmo álbum – e isto é uma boa notícia, porque (mais uma vez) o disco respira e a banda também.
O tempo disponível não chegou para apresentar todo o álbum, mas bastou para hipertrofiar canções como Telas na Areia e Como Quem Pinta (em terra de viras, as palmas rítmicas desta soaram fantasmagoricamente, como um fenómeno de refracção courense). E para estender espectacularmente a intro de Elias Katana e transformá-la num mote para a dança colectiva naquele palco, como se os Tangerine Dream de Love On a Real Train fossem bem portugueses e incorporassem um corpo próprio de sonoridade como a que os Sensible Soccers têm vindo a construir.
Ainda que tivesse ficado bem melhor no after hours, a banda voltou a gravar o seu nome em letras douradas na História de Paredes de Coura. Brilhando por você.
ALINHAMENTO