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Vindos do berço daquele que é o cru e profano black metal, mas já na segunda metade da década de 90, os 1349 sempre tomaram como missão a defesa desse purismo negro, ao mesmo tempo que tentam dar uns empurrões no dinamismo e criatividade das composições, sem perder aquela textura gélida que caracteriza os conterrâneos que os influenciaram.
“The Infernal Pathway” marca o sétimo álbum da banda que “honra” o ano em que a Peste Negra alcançou a Noruega e prolonga a linha contínua de sonoridade que reinstalaram após a aventura musical, vanguardista e ambiental que foi “Revelations of the Black Flame”, de 2009, e até parece continuar a simplificar cada vez mais a fórmula para um black metal que até nem dispensa a parte ambiental, mas está mais voltado para o peso, velocidade e riffs memoráveis. Não tem tanto balanço entre as duas vertentes como teve “Demonoir” mas também não é assim tão directo e tradicionalista como “Massive Cauldron of Chaos”. As composições e progressões não inovam mas sentem-se um pouco mais ambiciosas e o dark ambient não se dispensa, com o regresso dos interlúdios “Tunnel of Set” que já chegam aqui ao número X. Contudo, são passagens tão curtas e minimalistas que até se questiona a sua utilidade. À procura da via por onde contrariar, talvez até cortem a pujança dos temas violentos, que estava a ser bem boa.
Talvez seja o que se esperaria de um disco dos 1349 a esta altura. Com tanta agressividade e fúria nos temas que devem tanto a thrash como a Bathory, parecem procurar perdão pela sua fase mais aventureira da carreira, mas também com tanta composição cuidada e progressão dentro de temas parece que ainda têm esses dias em mente. Há um factor melódico a elogiar, como na introdução a remontar a um heavy tradicional em “Through Eyes of Stone” ou no fantástico clímax de “Dodskamp.” Há uma ambição a respeitar como na abordagem “Prog Bathory” na conclusiva “Stand Tall in Fire.” E já se dispensam elogios e destaques individuais, como por exemplo na bateria, quando já sabemos que é o Sr. Frost a bater nas peles. Um pouco mais complexo que o antecessor, “The Infernal Pathway” pode alarmar por parecer querer voltar a experimentalismos ou reconfortar por apresentar uns 1349 à procura do mais sólido balanço. Não deixa de ser um bom disco. Não é nenhum “Hellfire” mas isso já nem estava a ser considerado sequer.
Through Eyes of Stone, Enter Cold Void Dreaming, Dodskamp
Satyricon, Dark Funeral, Taake