//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
“Seethe” é já o terceiro longa-duração dos Blame Zeus e reconhece o estatuto da banda como promessa crescente no panorama mais melódico da música pesada nacional, ao mesmo tempo que não se conforma com esse estatuto ainda crescente e quer já dar um saltinho para o topo e fazer-se reconhecer.
Não só na acidez lírica – há muita cólera nas letras de Sandra Oliveira, bem além da raiva juvenil e a percorrer vários espectros e formas que tanto a frustração e a melancolia humana conseguem tomar – mas também pela atitude. Ainda alicerçados num hard rock de músculo moderno, com um peso de metal alternativo, – logo as duas primeiras faixas – com mais classe que aquilo que esse rótulo nos possa ter feito habituar mal, o desvio baladeiro quase obrigatório, – “White” e “The Warden” – uma ambição progressiva – “Bloodstained Hands” ou “The Crown and the Gun” – que justifique as suas mais excêntricas influências assumidas como Mastodon ou Tool, um apuradíssimo sentido melódico para canções facilmente memoráveis e flexibilidade suficiente para serem recomendados a variadíssimos tipos de público, para que não se limitem a ser uma banda “para fãs de X.” Já não é tempo para isso e esta banda do Porto sabe-o bem e trabalha bem para isso.
O foco do disco não deixa de ser a potente voz de Sandra Oliveira, capaz de se sobrepor aos riffs de carga pesada e que até são factor apelativo imediato, – no tema “No,” o riff até é a estrela principal – capaz de se sobrepor aos convidados de respeito. É uma peça central tanto na sanha como na melodia e acessibilidade de “Seethe” que cumpre a sua difícil tarefa. Sem inovações, apenas apresentando malhas, respeitando um passado do rock mais pesado, procurando o hino. “Seethe” é álbum para tornar alguns palcos muito pequenos para os Blame Zeus.
Déjà Vu, Down to Our Bones, Bloodstained Hands
Halestorm, The Gathering, 11th Dimension