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Tal como o folk metal em si, as suas maiores e principais bandas deixaram-se adormecer ou estagnar. Os Ensiferum foram uns gigantes no género e atingiram o pico ali por volta do “From Afar” antes de muitos fãs decidirem uma dieta do hidromel e desconectar-se um pouco da banda Finlandesa. E até nem foram dos que se deixaram estagnar mais, mesmo sem a atenção de outros tempos, sempre foram tentando algumas coisas novas. Mesmo assim “Thalassic” pode chegar como uma chocante mudança radical.
Se já deixavam espreitar uma influência sinfónica, “Thalassic” rende-se totalmente a essa vertente. O que domina são as vozes limpas e, com o mar como cenário, viram uma banda de power metal épico mais pirata do que viking. Menos agarrados a um folk pagão obscuro que pudessem partilhar com uns Equilibrium e bem mais sinfónicos à laia de uns Rhapsody; mais interessados em brincadeiras de piratas como se procurassem eles tornar-se uns novos Running Wild – um título como “Rum, Women, Victory” é descarado que chegue? – em vez de ser uns companheiros de bedida dos Finntroll ou dos Korpiklaani – uma “Midsummer Magic” a aproximar-se mais dessa faceta se ela já for saudosista; e muito mais power metal de punho em riste, a batalhar no mar como os Sabaton fazem em terra, do que death metal melódico que originou os Wintersun e servia de perfeita distracção para quando se tinha que esperar vidas por uma novidade desses mesmos.
É uma nova faceta com tudo para causar estranheza, pode mesmo parecer uma banda nova, que agrade com um épico a pescar mais a Amorphis ou Amon Amarth, como “Andromeda” e cause muito cepticismo com uma “Cold Northland” que, sem ousar recriar uma odisseia à Symphony X, sempre pende mais para lá do que para a alegria de uns Turisas. É voz limpa que mais governa aqui, sem que Petri Lindroos deixe de berrar, com vários membros a cantar, o que também deixará alguns fãs de pé atrás, mesmo que se ouçam algumas surpreendentes comparações a um jovem Geoff Tate em “The Defence of the Sampo,” por exemplo. Falou-se em “From Afar” logo ao início, como aquela paixão longínqua dos fãs que parece que foi e já não volta. E não volta mesmo, mas este náutico “Thalassic” é a maior prova de risco, inovação e ambição desde esse amado disco de 2009. Claro que ainda é um choque muito frontal, mas pode abrir portas para uns novos Ensiferum, ainda com as suas dores de crescimento nesta sua nova forma.
Andromeda, The Defence of the Sampo, One with the Sea
Turisas, Blind Guardian, Wintersun