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E já lá vão cinquenta anos de carreira e nós aqui a falar de um novo disco dos Kansas. Que nem sequer é um regresso, “The Absence of Presence” sucede a “The Prelude Implicit” de 2016, esse sim um regresso após dezasseis anos, maior interregno entre lançamentos. Os Kansas sempre foram uma banda assídua e já contam dezasseis discos com este novo. Porém, estamos perante uma banda em período de rejuvenescimento.
Sendo uma banda que sempre sofreu com alguma rotatividade de membros, há ainda muita coisa por habituar desde o disco anterior uma vez que o adorado Steve Walsh já não canta estes temas e a guitarra de Kerry Livgren não se fará ouvir. A escrita e composição do álbum pertence mais à costela mais “nova” da banda, o que seria preocupante, quando na verdade parte de uma bênção e total confiança por parte dos veteranos do grupo. Boa aposta, é a dinâmica que faz com que “The Absence of Presence” suceda em soar a uma abordagem moderna de um som clássico, mesmo que os membros mais recentes sejam tudo menos novatos, mas trazem uma impressionante bagagem no currículo. Mantém a veia pós-regresso de soarem mais progressivos que nunca. Kansas é nome lendário do prog rock, mas é da onda Americana, a onda menos teatral e complexa, mais directa e orientada por hinos. “Carry On Wayward Son” é staple de rádio de rock clássico e “Dust in the Wind” é um dos maiores sinónimos de isqueiro no ar. Primeiro passo a dar ao ouvir este álbum: não procurar mais canções como essas neste novo, elas já estão feitas.
“The Absence of Presence” bebe bastante a uma onda de neo-prog que eles próprios influenciaram, sem deixar de lado todo o AOR que não falha em açucarar estes temas. Tome-se uma épica introdutória faixa-título que soa a algo que podia ter sido arranjado de forma semelhante por uma banda mais moderna como os The Tangent. Mas tome-se também uma “Throwing Mountains,” faixa de destaque com um potente hard rock de pujança que já não lhe esperaríamos. Todo o disco é um sucessor lógico de “The Prelude Implicit” e não só vem provar que a surpreendente e improvável qualidade desse não foi um golpe de sorte, mas também o vem superar. Quem diria que os Kansas ainda soariam assim – ou soariam sequer a coisa alguma – em 2020?
The Absence of Presence, Throwing Mountains, The Song the River Sang
Jethro Tull, Saga, The Alan Parsons Project