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A educação e o ensino não conseguiu deixar de ser uma das áreas mais assombradas pelos estranhos e negros tempos que corremos e a telescola permanece uma realidade que não conseguiríamos prever há não tanto tempo quanto isso. Parece que, no que diz respeito ao ensino de História, há livros mas também há discos, com os Gwydion ainda na frente daquilo que será a sonoridade épica deste tipo mais guerreiro folclórico por cá. Que por acaso até têm mais afinidade pela história Celta.
Muita história há também dentro da banda, que apenas conta cinco álbuns longa-duração com este novo auto-intitulado, num percurso que já chega ao quarto de século. Quase lhes dá a obrigação de se apresentarem como uns veteranos que fazem par com os grandes nomes do folk/viking metal Europeu, como Ensiferum ou Amon Amarth. Que serão dois nomes muito regulares nas inevitáveis comparações da praxe, especialmente os primeiros quando harmonizam o folk e uma secção sinfónica para pulverizar de épico toda a parte extrema, que ginga entre o black e o death melódico lá dos nortes. De facto recordarão os Ensiferum, antes destes decidirem ser os Rhapsody. E um hino de guerra como “Gwydion” traz barbas que remontem aos Suecos vikings também supracitados, sempre com assíduos guturais que remontem a Johan Hegg. É o fio condutor mas não é o único que aqui se ouve. O que realmente distingue “Gwydion” é o aproveitamento da falta de concorrência no que ao folk metal mais épico diz respeito por cá: vão às vertentes possíveis todas.
A parte melódica de heavy/power também se mistura com o mais extremo e “Battle of Alclud Ford” até tem Artur Almeida dos Attick Demons para inevitavelmente aproximar isto do campo de uns Iron Maiden; “Ale Mead and Wine” é a festarola e ode à pinga que puxaria um sorriso aos Korpiklaani e finalmente o folclore português ganha aqui o seu lugar no final, com a belíssima “A Roda,” com Isabel Cristina Cavaco dos Dogma na voz. Um tema a destacar em toda a discografia dos Gwydion. Já o disco em si poderá ter uma batalha a travar nessa discografia inteira, como se dos protagonistas das suas letras se tratassem. Tem muitas boas malhas, sem dúvida, mas poderá ter que combater com alguma descoordenação entre temas diferentes, com pouca ligação e que se percam entre outros maiores destaques e com a sua longa duração a ultrapassar uma hora, que pode vir a dificultar uma audição atenta. “A Roda” vem mesmo puxar-nos o interesse de volta. Mas nada a descartar neste “Gwydion” tão ambicioso como os guerreiros sempre aqui retratados e continuarão a comandar as tropas do metal mais épico e folclórico que se faça pelas nossas terras… E não só.
Battle of Alclud Ford, Gwydion, A Roda
Ensiferum, Heidevolk, Svartsot