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Deixem os velhos mostrar como se fazem as coisas, de vez em quando. Há situações em que realmente não lhe perderam o jeito e ainda dão uma goleada a novatos cheios de pica. É precisamente entre os “big 4” do thrash metal teutónico que mais se encontram desses, se calhar bem mais fiáveis que os outros “big 4.” Os Sodom, por exemplo. Queremos um petardo? Pronto, o “Genesis XIX” já está finalmente aí.
Já prestes a completar os quarenta anos de carreira e a contar dezasseis álbuns com este novo trabalho, claro que os antecedentes desta nova descarga tinha que ter complicações, uma banda não é de longa data sem elas. E nem é referente àquele período a meio de “besta adormecida” que todos têm quando o interesse, relevância e criatividade desvanecem, porque estes até têm umas gemas a redescobrir melhor nessa sua fase e até nem desapontam há uns bons anos e entraram neste novo milénio com uma tremenda pinta, com um “M-16” que já ninguém lhes esperava ou exigia. Com um sólido “Decision Day” lançado já há quatro anos, está tudo muito bem composto para “Genesis XIX” chegar com conforto. Os problemas seriam outros, como as recentes mudanças de alinhamento, recentemente na sua fase mais instável. Ou a impaciência, com 3 EPs nos passados dois anos a abrir o apetite mas também a esticar e a encher chouriços durante a espera. Mas “Genesis XIX” já cá está, já virou tudo de pernas para o ar com o seu veloz thrash, e satisfaz.
Sem trazer nada de novo e sem impressionar. Mas um álbum que não impressiona singra sempre quando se sabe e sente que essa não era a intenção. Os Sodom só nos querem dar cabo dos pescoços e cumpriram. O disco, como têm feito hábito ultimamente, pode ter na sua longa duração um obstáculo, que facilita a separação de altos e baixos e muito facilmente detectamos que isto podia ter muita gordura cortada. Mas a atitude é a certa, o álbum abre com uma intro, mas nada de tretas ambientais em crescendo a entrar na faixa seguinte, é mesmo logo um riffaço para amostra do que vamos ter. Thrash, tal e qual como se deu a conhecer, especialmente de sangue Germânico. Riffs enormes, um bom refrão simples a colar quando é preciso, alguma aventura nas estruturas dos temas mais longos, e sempre ali um travo evil que nos lembra que esta malta do thrash metal teutónico tem os seus primeiros discos inseridos na onda inicial e primária do black metal. Não era preciso mais, e sabemos bem que Tom Angelripper ainda tem dentro de si uma catrafada de novos temas violentos com a guerra como tema central.
Sodom & Gomorrah, Nicht Mehr Mein Land, Indoctrination
Kreator, Destruction, Tankard