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“The Lunar Injection Kool Aid Eclipse Conspiracy.” Anda muito engraçado o Sr. Zombie, a dar títulos aos seus discos. Tramado para estes dias de hoje, de curto nível de atenção e limites de caracteres para coisas. Mas dá para dizer que, pelo menos, é criativo nisso. Ou então é só uma colagem de uma data de palavras, sem tão grande preocupação em fazer tanto sentido quanto isso. Se calhar até está aí uma analogia para a sua discografia. Será?
Não se nega a qualidade e pertinência de Rob Zombie, pós-White Zombie, ainda sacou de um belo par de discos a solo que o estabeleceu como um nome de cabeçalho da música pesada contemporânea e popular, de estilo único mas influente. Depois disso, foram obras mistas, intercaladas com os seus trabalhos cinematográficos, atrás das câmaras, como se o seu amor pelo cinema de terror tivesse sido alguma vez discreto. Já falta um trabalho verdadeiramente marcante há uns bons anos, mas andou sempre ali pelo nível do satisfatório. Nunca se deve julgar um livro pela capa, mas pode julgar-se a reacção a este “The Lunar Injection etc. etc.” pela reacção a esse mesmo título cansativo: se reviraram os olhos em desgosto, bem que vão levar com os mesmos tiques à Rob Zombie que ele anda a fazer há mais de duas décadas, sem tirar nem pôr. Se soltaram uma risada, então é o velho Zombie a divertir-se e exactamente como se quer.
Ninguém pega num novo trabalho de Rob Zombie à procura de inovação – agora, pelo menos – ou de qualquer tipo de profundidade ou intelecto – um título como “Shake Your Ass-Smoke Your Grass” deixa muitas dúvidas? Tem a familiaridade do costume. Se com “The Electric Warlock Acid Witch Satanic Orgy Celebration Dispenser” – raio dos títulos! – já foi assim, com uma “Well, Everybody’s Fuckin’ in a UFO” a causar risadas mas a revelar-se uma boa malha, mesmo depois de descobrirmos que era uma espécie de versão freak da “Walk This Way,” a história repete-se em “The Lunar Injection Kool Aid Eclipse Conspiracy” em que quase todas as canções nos fazem lembrar outras de Rob Zombie, sempre com aquele rock/metal bem industrializado mas festivo, como se de uma festa disco de zombies e outra data de monstrengos a dançar e a moshar em simultâneo se tratasse. Algumas entram melhor que outras, achamos um piadão ao sangue sulista de “18th Century Cannibals, Excitable Morlocks and a One-Way Ticket on the Ghost Train,” – raio dos títulos! – destacamos “Crow Killer Blues” e fazemos o rescaldo de “sim, ’tá engraçado.” E lá vamos nós ouvir novamente o “Hellbilly Deluxe.”
The Triumph of King Freak (A Crypt of Preservation and Superstition), 18th Century Cannibals Excitable Morlocks and a One-Way Ticket on the Ghost Train, Crow Killer Blues
White Zombie, Marilyn Manson, Powerman 5000