Tiago Plutão

Relativizar
2021 | Throwing Punches | Indie

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Relativizar“, disco de estreia de Tiago Plutão, é composto por 9 canções e pretende passar a mensagem de que tudo se torna mais fácil quando relativizamos as coisas. Foi gravado e masterizado por Makoto Yagyu e Fábio Jevelim (HAUS) e está disponível em todas as plataformas online com o selo Throwing Punches.

#1 Só para alguém gostar

Inspirei-me nos Velvet Underground para fazer uma música simples e directa, tentando ser pop em estrutura e alternativa no resto, quase como o resto do álbum. A letra é sobre aqueles que tentam sempre agradar aos outros, talvez fruto da pressão da sociedade em que vivemos, onde o amor próprio está quase sempre em segundo plano.

#2 No fundo do mar

Quando estamos mesmo mal que pensamos que pior não pode ficar. A mensagem está em aprender a gostar das quedas para podermos aprender com elas, para quem entender, é um “gostar de estar no lodo” porque nos põe o sangue a correr.

#3 Pessoas de Cristal

Lembro-me que esta música começou com uma melodia de chuveiro e que saí a correr para gravar no telemóvel (algo habitual). Fala sobre o facto de não se poder dizer nada que ofende sempre alguém, o que me levou a dar o nome ao álbum também na expressão que uso a meio, “O que faz falta é relativizar”.

#4 Patinho Feio

É sobre os meus queridos Jupiturno, e o que me levou também a fazer este álbum, é quase um amor-ódio porque por um lado estava saturado na altura, por outro ainda os amo o suficiente para escrever sobre eles.

#5 A forma não importa

Precisava de uma balada forte no álbum, e na altura em que escrevi estava a viver isso. É uma breakup song mas que dá razão ao outro lado, mesmo que nos custe. É também uma espécie de necessidade de purgar para ser feliz.

#6 Imortal

É sobre o medo no geral, mais concretamente da finalidade que tudo tem, das relações, das amizades, das nossas memórias e da vida. Outro motivo para ter feito isto foi para deixar algo para quando já cá não estiver.

#7 Dias Estranhos

Compus os acordes no paredes de coura à beira rio naquelas tardes distorcidas do tabuão. A letra veio mais tarde e é sobre o dia-a-dia que nos mete em loop e nos vai enlouquecendo aos poucos com noites mal dormidas, stress, ansiedade etc.

#8 Homem da Montanha

Uma espécie de homenagem em vários sentidos, por um lado aos Pink Floyd mais concretamente Arnold Lane, por outro a um amigo meu. Pegando no exemplo do Arnold Lane, a ideia que tinha era ter uma música sobre uma pessoa épica. Isto encaixou tudo muito bem com a história de vida do Homem da Montanha, cheia de altos e baixos e sempre no limite.

#9 Vale a pena a espera

Antes de a começar já sabia que queria uma coisa épica/misteriosa para acabar o álbum, também para culminar no final desta viagem pelos 9 planetas (9 músicas/9 planetas),
Com ambiente de final dos anos 60’s, criei o mood certo (acho eu) para falar sobre a travessia que existe entre o final e o inicio de outra relação, e também sobre a relatividade dos prazos de validade. Nada é certo, nem nas relações, nem no emprego, nem na vida, pelo que devemos aproveitar hoje porque amanhã ninguém sabe.


sobre o autor

Arte-Factos

A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)

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