//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Os The Invisible Age, trio brasileiro baseado em Portugal, composto por Luiz Alberto Moura (guitarras/vocais), Marcelo Caldas (baixo) e Alex Azevedo (bateria), editou hoje, dia 23 de Julho, o seu primeiro álbum.
Para o registar, a banda hospedou-se na cidade de Leiria, numa casa no Serra Espaço Cultural, e a gravação do disco foi realizada na Casota Collective, colectivo de projectos audiovisuais da banda First Breath After Coma.
Rui Gaspar foi o técnico responsável pela gravação, e a produção ficou por conta de Iuri Freiberger, que executou o trabalho directamente de Belo Horizonte (MG), no Brasil.
Luiz Alberto Moura (Voz e Guitarra): Foi a última música a ser feita para o disco e ficou como o primeiro single por sinalizar algo que pode ser um novo caminho para a banda. Eu estava ouvindo muito Afghan Whigs na altura (como sempre) e quis fazer algo no estilo. A produção do Iuri Freiberger deu ainda um toque nela meio Primal Scream, fase Screamadelica.
Alex Azevedo (Bateria): É uma faixa que gosto muito pelo fato de ter sido feita uma semana antes de entrarmos em estúdio, uma música que poderia ser considerada uma incógnita acabou por ter virado o nosso primeiro single, e foi composta em praticamente um ensaio.
Luiz Alberto Moura (Voz e Guitarra): Eu sou vidrado por espaço. Tudo sobre espaço me interessa. E essa música foi mais ou menos nessa linha a lembrar de um dia que eu estava numa festa (há alguns anos) numa varanda no Rio de Janeiro e a noite estava limpa e totalmente estrelada. Eu fiquei numa esplanada durante um bom tempo a tomar um vinho e a olhar para o céu. Bêbado, claro.
Luiz Alberto Moura (Voz e Guitarra): É uma das minhas ‘hate songs’. Fala sobre alguns relacionamentos com pessoas que eram muito próximas e que eu hoje quero distância. É uma típica letra na qual procuro fazer uma sessão de terapia comigo mesmo. Pena que, provavelmente, nem essas pessoas ou a minha analista vão ler.
Luiz Alberto Moura (Voz e Guitarra): Foi a segunda música feita pela banda. É algo meio Superchunk, mais puxado pro noise com um fim meio Foo Fighters. A letra é também dessas que expresso alguns sentimentos ruins.
Alex Azevedo (Bateria): Cada uma das músicas tem seu ponto marcante e gosto muito de todas, mas um momento em especial foi quando em Leiria comecei a gravar Ecuador. É um riff marcante que simboliza o início da banda, a nossa segunda música, e ali está um pouco das influências que cada um traz pra banda. Riffs barulhentos, sutilezas, bateras pesadas, pitadas de pop. Me gusta!
Luiz Alberto Moura (Voz e Guitarra): Essa foi numa altura em que eu estava ‘a devorar’ Swerverdriver, uma das minhas bandas favoritas, e queria algo na linha meio noise deles com um vocal mais ‘etéreo’. Adoro a ponte pro refrão.
Marcelo Caldas (baixo): Uma vez que tocamos essa música num ensaio e nunca mais mudei. É nela que noto mais claramente uma das minhas maiores influências, o Mike Mills (baixista do R.E.M.). Também gosto muito de como toda a banda funciona ao longo da canção. Além disso, acho que é uma das melhores interpretações vocais do Luiz.
Luiz Alberto Moura (Voz e Guitarra): Essa foi num dia em que eu estava a ler sobre o mês da saúde mental. Parece um ‘call to action’ para pessoas que, como eu, sofrem de depressão e se sentem meio deslocadas ou desamparadas. A base é totalmente inspirada em Oasis, a minha banda preferida.
Marcelo Caldas (Baixo): “Join Me Now” é a música mais “difícil” do disco, e talvez por isso eu goste tanto. A bateria do Dadi é ótima e a letra do Luiz é a minha favorita dentre as oito canções. Tem muito a ver com as coisas que estou a ouvir mais recentemente. Quanto ao baixo, sempre fico feliz quando componho uma linha mais econômica, a valorizar mais a sutileza e os silêncios, e ela acaba por funcionar bem na música. Acho que foi exatamente o caso aqui.
Luiz Alberto Moura (Voz e Guitarra): Eu estava a tocar ‘Um Girassol da Cor do Seu Cabelo’, do Lô Borges e comecei a brincar com o tom dela, os acordes e fui ‘a desenhar’ uma melodia que eu queria que lembrasse aquela época. O Clube da Esquina é, pra mim, o melhor disco lançado no Brasil em todos os tempos.
Luiz Alberto Moura (Voz e Guitarra): Essa é “complicada”. É uma das letras mais antigas que eu tenho. É por volta de 2010. Eu estava em um concerto e uma menina me mandou uma mensagem dizendo que havia me visto. E eu tentei falar com ela de novo e nada. Anos depois, soube que ela estava com o namorado, mas segundo ela ‘a pensar’ em mim. Aí resolvi brincar com a situação que, convenhamos, foi ridícula.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)