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Os passados são sempre tramados, ora nos envolvem numa onda nostálgica e desenterram todo o tipo de guilty pleasures com os quais já não nos identificaríamos nos dias de hoje, sem qualquer associação púbere que lhe façamos, ora nos envergonham totalmente. Estarão dos dois lados muitos já graúdos do metalcore que olhem para algumas loucuras passadas como os hilariantes Attack Attack!, o seu electronicore e as poses e indumentárias a gritar “00s scene.” Tal crescimento sente-se também a nível interno. O teclista Caleb Shomo lá abandonou a banda, cresceu e fundou os seus Beartooth, banda que continua em “Below” a sua missão de amadurecimento de um som pós-hardcore de músculo metálico e alternativo.
Demasiado longe vão esses tempos das “crab dances,” os interlúdios de techno e a choradeira com autotune dos Attack Attack! e até é cómico pensar nestas duas entidades como tendo alguém em comum. Shomo procura bem mais peso nestes seus Beartooth, – e, em instantes, dá a entender que também quer ainda mais neste álbum em particular – sempre com margem para a acessibilidade de uma parte melódica à Rise Against que o coloca num campeonato de respeito, a tentar diferenciar-se de outros esforçados actos que carreguem a cruz do sufixo “core” naquilo que façam. Desde o início, e ainda mais desde “Aggressive,” que o foco de Shomo está na força do refrão, mostrando uma capacidade de fazê-los grandiosos, criando uma espécie de “stadiumcore” sem cair naquele cliché açucarado que assombra muitos colegas seus.
O peso assenta no riff simples, emprestado do nu metal que ainda parece realmente ser tão influente. Repleto de refrães fáceis de acompanhar, “Below” parece ter um pouco mais de luz e positivismo na sua parte musical, permanecendo o negrume nas letras praticamente todas focadas em saúde mental, não conseguindo evitar resvalar para uma raiva mais juvenil, como em “Skin” ou “No Return,” que enfraquecerão o seu escudo contra o rótulo “emo.” Questiona-se o excessivo júbilo nos cânticos fáceis de “The Past Is Dead” – mesmo que esse tema até tenha dos breakdowns mais venenosos – e a semelhança entre muitos dos temas, mantendo sempre a mesma estrutura. Louva-se a vontade em não serem tão genéricos e dolorosos como muitos parceiros “core” e em procurar sempre o amadurecimento, assim como muito bom refrão, a justificar o porquê de tanta atenção à volta dele: eles sabem fazê-lo. Num panorama geral, não será disco que faça grande diferença ou que se torne algo de especial, mas dentro do seu género é algo a merecer mais atenção que lhes vai sendo roubada. E com os Attack Attack! de volta com temas que lembram nem ao diacho, ouvir este “Below” depois dessas sobe-lhe logo a pontuação uns dois pontos, no mínimo.
Devastation, Dominate, Skin
Of Mice & Men, Bad Omens, Defeater