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Fãs da velha-guarda fiéis, podem contá-los, quando forem acrescentar este novo “Carpe Diem” à estante. São mesmo vinte-e-quatro álbuns que os Saxon já colocaram cá fora. Compreende-se, numa banda em que os três anos ainda sejam a maior fenda temporal entre discos e com uma carreira de já mais de quatro décadas. Sem hiatos, sem perder tempo com regravações e compilações, sem medos e também, sem mexer propriamente na fórmula. Lá houve aquele disquito de covers no ano passado, mas fora isso, os Saxon só querem levar o seu exército de heavy metal tradicional Britânico para a frente.
Essa extensa discografia está repleta de apenas clássicos? Claro que não, encontra-se sempre alguma coisa mais fraca que a outra, impossível evitar isso. E “Carpe Diem” é uma nova obra-prima? Também não exactamente, mas estivessem todos os velhos com esta genica, quer dentro ou fora da música. Aclamados como os verdadeiros líderes e reis da New Wave of British Heavy Metal, já que os Iron Maiden e os Judas Priest já são instituições além disso e outros nomes contemporâneos como os distantes Motörhead ou os “traidores” Def Leppard já são demasiado dissonantes da onda, são sempre um pouco injustiçados no reconhecimento. Aqui andam eles com lições de como soltar heavy metal tradicional de mandíbulas renovadas e ainda a ser mencionados depois de uns quantos outros. Quando se fale em boa forma no heavy metal, fale-se de “Carpe Diem” e da voz de Biff Byford que soa envelhecido aqui, sim, mas é um septuagenário que necessitou de cirurgia cardíaca há coisa de uns três anos atrás.
A fórmula do heavy metal guerreiro de punho no ar mantém-se intacta, mas “Carpe Diem” tem os seus argumentos para nos convencer a ouvir algo novo dos Saxon em 2022. A nível de produção e peso de guitarras, este chega-se à frente em riffs cortantes que remontam a um power metal Europeu influenciado pelos próprios, do tipo Grave Digger, HammerFall ou Primal Fear. O paralelismo da praxe com os Iron Maiden é inevitável e sente-se bom uso da escola – a “All for One” também vos fez lembrar a “2 Minutes to Midnight”? – e até quando abrandam ou reduzem o peso, fazem-no trazendo um hard rock de bigode farto como em “The Pilgrimage” ou com um rock ocultista meio progressivo em “Lady in Gray.” “Carpe Diem,” aconselham-nos eles e andam a aproveitar bem o seu momento. Só que esse já dura há quase cinquenta anos e assim não devia valer. Mas a eles é merecido.
Carpe Diem (Seize the Day), Remember the Fallen, Lady in Gray
Diamond Head, Angel Witch, Hell