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Cria-se algo de identidade muito própria e já dá para encostar e recorrer um pouco mais à segurança do que ao risco. Desde que a coisa seja bem feita. Coisa que podem perguntar como se faz aos Amorphis, que já moldaram a sua sonoridade bastante heterogénea há um bom tempo e já só precisam de cumprir com competência. É o mínimo que se pede a “Halo” e parece ser o que cumpre logo de início, à primeira audição.
No entanto, “Halo” não vem tornar tão claro de que lado da linha entre o agrado/satisfação e o entusiasmo mesmo propriamente dito estão. Joga o mesmo jogo que “Queen of Time,” aliás, usa quase todos os mesmos truques – contém-se em alguns, mas já lá vamos. É um álbum que afirma ser de Amorphis e que o detectaríamos às cegas, com a fusão de peso e melodia, presente bem além da performance vocal de Tomi Joutsen, com a costela progressiva a aliar-se ao peso na missão de os afastar do acessível, dado o quão dotados são a adocicar um refrão. Sim, já conhecemos isso e damo-nos por contentes por ter cá malhas suficientes para desfrutar, mesmo que se comecem a sentir as coisas muito semelhantes. Até as capas. Justifica-se: “Halo” vem completar uma trilogia que engloba também “Under the Red Cloud” e “Queen of Time.”
E é aí que realmente se torna mais fácil ainda situar “Halo” em termos comparativos. Além de um sucessor lógico, também anda ali entre o resumo e a extracção dos seus principais factores. O peso mais realçado do primeiro sente-se aqui novamente e a abordagem sinfónica que governou “Queen of Time” tem também o seu regresso, mas é a tal parte que vem um pouco mais controlada, utilizada com mais precisão. A partir desse jogo sai um tema como “War,” dos mais pesados do disco e que também tem uma das mais notáveis secções sinfónicas. E sai um dos grandes temas do álbum, logo a fórmula resulta. O resto percorre a marca habitual, um riff mais folk em “When the Dead Comes,” um refrãozinho doce na faixa-título e novo dueto com voz feminina, com Petronella Nettermalm, dos Paatos, a tomar o lugar de Anneke van Giersbergen no disco anterior para o fecho do álbum que agradará a quem suporte todo aquele mel, sendo nesse tema onde eles realmente se deixam “descontrolar.” Reduzido em novidades, mas a valer bastante a pena ouvir. Algo que até pode ser dito sobre muitos dos seus registos.
Northwards, War, The Wolf
Dark Tranquility, Barren Earth, Silver Lake