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Os Galo Cant’Às Duas, duo de Viseu composto por Hugo Cardoso e Gonçalo Alegre, editaram no passado dia 18 de Fevereiro o seu terceiro disco “Amor em Água Ardente” e descrevem-no aqui faixa a faixa.
Hugo Cardoso: O tema que dá início ao disco. Uma estrutura mais pop onde a procura foi direcionada para o formato de canção.
Quanto à letra, fala da procura da simplicidade no que diz respeito a relações humanas. Sinto que a ideia do “supostamente correcto” acaba por trazer divergências e afastar o que realmente interessa, o Amor. Ele será sempre o que nos une, é bom pensar nisso diariamente e conseguirmos olhar para o outro lado. Dessa maneira, o outro lado importa tanto como o individual, e a procura desse equilíbrio é o que mantém algo saudável.
Gonçalo Alegre: A música começa com um pattern de bateria do Hugo e rapidamente as ideias para harmonia, melodia e forma tomam uma direção.
Escrevi para os amigos que já cá não estão, pela saudade do calor dos festivais, pelo amor vivido com as aves raras das minha vida num passado recente.
Talvez estes sentimentos sejam transversais a mais humanos.
Hugo Cardoso: Trata-se de uma colaboração com o rapper Chullage e o BeatMaker Marlow Diggs. Com letra do rapper português, onde o foco é falar sobre toda a pressão que as redes sociais têm no nosso dia a dia. A ideia de perfeição e essa procura que muitas vezes levam as pessoas a decidir por lados errados, pelas visualizações, comentários ou subscritores. Cada vez mais existem conteúdos que nos podem fazer desviar da essência humana, cabe-nos a nós saber filtrar e educar as próximas gerações.
Hugo Cardoso: Conta a história de tantas noites de Verão, onde um grupo de amigos percorre km’s aleatórios, começando numa 6ª feira e regressando à Visa (Viseu) no Domingo ainda no “red line”. A aleatoriedade da vivência junta com Amor puro da amizade gera uma adrenalina tão grande que se transforma em combustível para esta vivência.
Sempre foi uma prioridade ter tempo para os Meus. Muito facilmente nos fechamos numa bolha e deixamos de ter a capacidade de ver o quão importante é a nossa família, de sangue e
não sangue. Com eles tanto vamos à psicologia como ao Rock n’Roll, e bonito é quando tudo está junto.
Gonçalo Alegre: Música composta alguns meses depois de sair o disco “Cabo da Boa Esperança”. Foram várias as tentativas de letra mas chegámos à conclusão que devíamos experimentar entregar a música a alguém, e se tivéssemos que entregar a música a alguém seria o Jorge Cruz. Assim foi e o Jorge seguiu os nossos coraçõese escreveu sobre as nossas inquietações, comuns a muitos, fala-nos de amor e da vida como ela é sem maquilhagens, como tão bem ele sabe fazer.
Gonçalo Alegre: Fala do presente que já é passado. Uma música que ofereceu alguma resistência pelo arranjo qie teimou em ficar finalizado.
A letra fala disto também, não desistir e acima de qualquer coisa lutar, e acreditar que é perto da canção que encontramos caminhos melhores para a nossa vida.
Hugo Cardoso: Outra colaboração, desta vez com o Patcho, Pedro Vieira. Cantor, compositor e intérprete da banda Smoke Hills.
Conhecemo-nos num concerto em Viseu da própria banda organizado pelo Carmo’81. A boa energia estava toda lá, na performance, na comunicação e mesmo no próprio sítio onde o concerto aconteceu. Em frente à Sé de Viseu.
Tínhamos este tema “pendurado” e já tinhamos pensado em algumas parcerias mas assim que o concerto acabou sentimos que tínhamos ali algo que podia dar uma identidade especial ao tema. Assim foi, o Pedro escreveu a letra e tratámos de gravar. Gostámos logo do resultado final.
Gonçalo Alegre: Letra da Matilde Barbas, amiga do coração e bailarina de profissão.
A Matilde visitou-nos no Carmo’81 quando escrevíamos as letras para o disco, a segunda grande residência de composição, e quem conhecer a Matilde sabe que facilmente entra na dinâmica de grupo e quando demos por ela já tínhamos várias letras. Agora já a conhecem!!
Esta letra fez cola com a música e a melodia para a música surgiu naturalmente quando letra e música se encontraram.
Hugo Cardoso: Daquelas noites em casa de um amigo/a onde me sento para jantar às 21h e às 9h da manhã continuamos todos exactamente na mesma cadeira onde jantámos. Já aconteceu tanto naquela mesa, ideias a fluir de um lado para o outro, a arte do bem dançar sentado, jam’s rítmicas em copos, armários, pratos e tudo o que estiver à mão, karaok’s…
É um tributo aos meus amigos, e a necessidade de escrever sobre nós é porque me sinto mesmo abençoado por fazerem parte da minha vida.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)