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O nome já é maior que muita instituição que se lhe associe e ainda será um sinónimo daquele instrumento que nunca lhe falta. O que tem Slash a provar agora? Ainda para mais quando sempre fez parte de grupos descontraídos, tendo-se feito conhecer com uma banda lendária que tão bem personificava o tocar rock ‘n’ roll pelo bem de tocar rock ‘n’ roll. Porque havia de fazer agora algo diferente? Nem para o tão simples título “4” – é o quarto álbum desta colaboração, caso não tenha dado a entender – se esforçou demasiado.
Na verdade o quinto desde que Slash começou a usar o nome próprio para vender umas malhas, ficando o primeiro auto-intitulado como aquele único cheio de convidados, um A a Z de caras e vozes conhecidas, míticas no rock clássico e moderno. E a Fergie. No meio dessa turma estava Myles Kennedy, com quem mais engraçou para ficar como vocalista fixo e nasceu esta colaboração, essa sim já com quatro discos de rock puro, sem necessidade de grandes prefixos ou sufixos. São duas personalidades já com bastante força no rock, logo têm que cumprir esse trabalho de se balançar: o trabalho de guitarra de Slash vai directo ao clássico e afasta a voz de Myles do universo pós-grunge mais juvenil onde andarão os Alter Bridge, e essa mesma voz, uma das grandes da sua mais recente geração, tem força por si para não ser nenhum Axl Rose da segunda divisão. O resto são canções e aquele miolo de refrão e solo, que vão ser os óbvios focos, não estão em falta. Claro que não se peca pela simplicidade, muito menos neste caso como já explicado, e as malhas são boas, mas por aí também batalha com a sua própria descartabilidade.
Há o poder do refrão de estádio em todos os temas, com muita eficácia em exemplos como “C’est la Vie,” “Spirit Love” ou “April Fool,” uma ginga boogie mais old school em “Actions Speak Louder Than Words” que não foge da sonoridade e peso modernos que adornam o rock mais clássico e, no geral, dá mais atenção ao simples e directo que ao mais grandioso e épico, para onde facilmente pendia anteriormente, alargando-se um pouco mais só em “Fall Back to Earth” que até traz aquele familiar “riff solado que até canta” que já tem vindo a fazer há umas décadas – mas olhem que faz lembrar mais uma “Baker Street” em guitarra que a “Sweet Child O’Mine”! É o perfeito veículo para Slash manter presença no hard rock contemporâneo – intemporal? – e debitar umas malhas, sem Velvet Revolver, com poucas almas a lembrar-se dos Slash’s Snakepit e com a sua lendária banda lá no passado. Mas com novidades desses Guns N’ Roses cada vez mais perto de uma improvável realidade, e também sendo isto uma brincadeira secundária de Myles, fica um álbum que se desfruta mas que não se impõe além de um “afterthought.” Até satisfaz mas é só para enganar o estômago.
Actions Speak Louder Than Words, Spirit Love, Fall Back to Earth
Guns N’ Roses, Velvet Revolver, Slash’s Snakepit… O que têm todas essas em comum?