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Há lá recuperação de saúde melhor que a do thrash. Os Kreator têm algo a dizer sobre isso, lendas que co-encabeçam o movimento germânico e que não tiveram medo de se aventurar por outros caminhos quando o género estagnou. Lançaram os seus discos mais polarizadores e aqui até ousamos dizer que nem esses chegam a maus ou fracos. Mas também têm das mais impressionantes revitalizações desde que recuperaram a garra thrasheira de “Violent Revolution” até hoje. É quase como se nem sequer tivessem o direito de ainda estarem na forma e ponto em que estão na altura em que chegam a este “Hate Über Alles.”
A sua maior fenda temporal entre discos, cinco anos depois de “Gods of Violence.” Sempre de língua afiada e consciente a tudo à nossa volta que nos destrói lentamente. Não consta que nesses anos o mundo tenha ficado alguma coisinha melhor, portanto o destilar de ódio deve ser garantido. A faixa-título e “Killer of Jesus,” seguidas e coladinhas, são aquele assalto de thrash para o qual viemos. Os argumentos que fazem dos seus clássicos isso mesmo, tanto os da primeira fase como os da mais moderna, estão todos ali em malhas que nos têm conquistados e que até nos deixam a pensar se não estarão no seu modo mais thrasheiro, mais “Extreme Aggression” ou “Coma of Souls.” As influências mais tradicionais começam a entrar, fazem-se sentir verdadeiramente em “Strongest of the Strong” e deixam-se pender para o power metal ou para a NWOBHM em “Become Immortal.” Um álbum que se pode sentir como um dos seus mais agressivos, também se vai tentando impor como um dos seus mais melódicos. Aí assemelha-se a “Gods of Violence.”
Se algumas propostas, aqui aprovadas, como a mais progressiva “Dying Planet” ou a mais surpreendente “Midnight Sun,” com direito a voz feminina da cantora alemã de pop meia gótica Sofia Portanet, são daquelas cuja avaliação da pontaria do tiro variará, a solidez de “Hate Über Alles” também se mede pela facilidade com que exclamámos aquele refrão simples e raivoso bem à Kreator na faixa-título ou em “Conquer and Destroy,” onde é tão bem-vinda aquela influência de Iron Maiden. No sangue efervescente dos riffs bem teutónicos como sempre, naquela voz inconfundível de Petrozza. Nas malhas memoráveis a comprovar porque é que ainda são Campeões nesta brincadeira. Se calhar já é caso para questionar qual é o segredo para ainda não falharem, e contarem já o sexto potencial clássico moderno desde as “reformas”!
Hate Über Alles, Become Immortal, Midnight Sun
Destruction, Sodom, Tankard