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Permanentemente no monte dos “valem os discos antigos” com cada proposta nova a apresentar-se como dispensável? Parece ser o percurso dos Muse, quer por experimentalismos controversos, acessibilidade às massas com fãs que ainda não digeriram que toda a malta que conhecem adorava a “Uprising,” ou até por já terem a própria fórmula gasta. Tira-se muito mérito aos Muse, mesmo quando há algo que se aproveite a cada nova proposta – que, o mais certo, é que realmente não chegue perto dos clássicos.
“Will of the People” – cuja faixa-título não se deve confundir com “The Beautiful People” e, ao ouvi-la, entende-se a pertinência de uma observação tão parva – é disco para nos deixar incertos sobre para que lado virar na sua recepção. A própria música – eclética, admita-se – aponta em muitas direcções e em várias marcas Muse. Há Muse bom, Muse menos bom e aquele Muse mais estranho que não está bem num ou noutro. Um pouco de tudo e podemos precisar da ajuda dos próprios para que nos guie ao longo do seu próprio disco, de tanta emoção mista. Um regresso em força das guitarras naquele que poderá ser o seu álbum mais electrónico. Sim, é nesses termos que estamos.
A electrónica aqui, ao contrário de outras epxeriências passadas que tiveram as suas fortes aversões, não define o melhor ou o pior e funciona de diferentes maneiras. Se realmente orienta a pop sensaborona de “Compliance,” também domina uma divertidíssima – mas negra em tema – “You Make Me Feel Like It’s Halloween,” um tributo dos Muse ao clássico “Somebody’s Watching Me” que nem sabíamos que queríamos. As guitarras chegam-se à frente numa pesada e modernaça “Won’t Stand Down” e numa “Kill or Be Killed” que vem para fazer frente a “Stockholm Syndrome” como música mais pesada dos Muse. Não falta a adoração aos Queen em “Liberation” e até aos U2 em “Verona” e, como a seriedade dos temas da banda permite sempre algum tongue-in-cheek, “We Are Fucking Fucked” até é um fecho poético. O misto que o conjunto de Matt Bellamy se tornou na última década. Há muita coisa boa por entre outras menos interessantes e cada um atribuirá um valor diferente à expressão “melhor desde o “The Resistance”” com que o podemos classificar.
Won’t Stand Down, You Make Me Feel Like It’s Halloween, Euphoria
um pouco de Muse clássico, excentricidades do “Simulation Theory,” primas mais novas da “Knights of Cydonia”