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A espera até foi longa, quando se calhar até já nem se estaria a esperar muito. A máquina veloz que são os Megadeth têm um legado com o qual muitos podem apenas sonhar. O que até os salva de qualquer inconsistência discográfica ou falta de gás que se possa ter sentido, especialmente em tempos mais recentes. Os nossos primeiros julgamentos são feitos a partir da montra, como não podemos evitar: o título “The Sick, the Dying… and the Dead!” e a sua respectiva capa e aglomerado de mensagens remontam à sua década de 80!
Nunca se deve avaliar as coisas com algum aparelho que meça alguma espécie de “níveis de thrash” de alguma banda que se rotule com o dito género, e até seja dos seus principais percursores. Mas é quando os Megadeth mais fogem daí que a coisa dá para o torto, mesmo que ainda tenham boas obras de cariz mais melódico. E “Dystopia” já tinha tirado aquele sabor azedo da boca deixado pelo infame “Super Collider,” logo parece haver a consciência de que os melhores Megadeth são os velhos Megadeth. É difícil um sexuagenário rezingão com uma banda rotativa capturar a garra e veneno de quando era um jovem cheio de azia para com a sua banda anterior? Muito. E a azia ainda consta que não tenha passado totalmente. Então basta uns Megadeth que nos façam sentir em casa, sabendo que já não terá bem o mesmo “conforto” do “Rust in Peace” simplesmente porque os tempos são outros.
“The Sick, the Dying… and the Dead!” pode bem ser um álbum de estudo interno. Como se Dave Mustaine e os seus talentosos músicos olhassem ao seu próprio repertório para ver ao que recorrer e o que evitar. Esqueçam os discos mais infames, mas estes Megadeth quiseram explorar várias das suas fases boas. Malhas como a faixa-título, “Soldier On!” ou a grande conclusão “We’ll Be Back” são das suas thrashadas mais furiosas e a remontar à década de 80. Mas também há momentos mais melódicos e por vezes melancólicos como em “Dogs of Chernobyl” ou “Sacrifice” que nos levem mais para a fase do “Countdown to Extinction” e do “Youthanasia.” É um álbum que, sem se esticar muito além do competente, procura agradar e dar-nos razões para o explorarmos mais vezes. Não faz muito sentido brincar ao “melhor desde o álbum X” mas sabe bem dar-lhes mais uma nota positiva na sua fase pós-“The World Needs a Hero.”
The Sick, the Dying… and the Dead!, Dogs of Chernobyl, We’ll Be Back
Anthrax, Overkill, Metallica